Em carta enviada no dia 22 de outubro para o Presidente Jair Bolsonaro, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) se juntou as autoridades federais, estaduais e municipais para alertar sobre os perigos e danos do imenso derrame de óleo que atinge o litoral nordestino. No documento, o Presidente da ABC, Luiz Davidovich, cobrou às autoridades informações precisas sobre as dimensões da mancha de óleo, os seus impactos no ambiente e na saúde, e de ações efetivas de contingenciamento e mitigação.

Davidovich destacou que, enquanto a maior parte das ações divulgadas têm acontecido nas praias, é preciso estar atento ao efeito do óleo nos recifes, manguezais, paredões rochosos e na água do mar, antes de chegar a costa, contaminando a flora e a fauna livre, principalmente o pescado que chega aos mercados locais contaminado.

Para isso, a participação dos Ministérios de Educação, Saúde, Ciência Tecnologia e Comunicações e Minas e Energia, entre outros, deve ser efetiva. O Presidente da ABC apontou que o Brasil tem, em suas universidades e institutos de pesquisa, especialistas que podem e devem ser chamados para contribuir para evitar danos maiores ao ambiente e a população nas áreas atingidas pela poluição com petróleo.

“A população precisa ser informada adequadamente sobre a origem e extensão da mancha de óleo e dos perigos relativos ao ambiente e a saúde humana, inclusive ao consumir pescado e mariscos provenientes dos locais atingidos”, afirmou Davidovich. “Os danos econômicos à região Nordeste vão muito além dos provocados neste momento às atividades de turismo. Neste caso, também, os impactos serão danosos e longevos em toda a região”.

Leia a carta na íntegra aqui.