Assim como ocorreu na elaboração de sua encíclica Laudato si’, o papa Francisco voltou a recorrer à ciência para entender os riscos atuais à Amazônia. O sínodo que começou no domingo, 6/10, contou com pesquisadores brasileiros e estrangeiros, entre religiosos, para ajudar a elaborar o texto final que vai sair do encontro.

Com o tema Amazônia: Novos Caminhos para a Igreja e para uma Ecologia Integral, o sínodo deve trazer um posicionamento forte contra a destruição da floresta, mas também pode sugerir soluções com base no melhor conhecimento científico.

Um dos principais climatologistas do País, Carlos Nobre, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), está no grupo de 12 convidados especiais que tiveram direito a fazer um pronunciamento de quatro minutos, na abertura. Neste grupo estão o ex-secretário geral da ONU Ban Ki-Moon e o economista americano Jeffrey Sachs, da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU.

“O sínodo é um momento propício para não só discutir os riscos, não só revelar a pressão que as populações e floresta vêm sofrendo, mas também passar para o terreno das soluções.” Em entrevista ao Estado, ele discute como a religião pode se tornar uma aliada da ciência na defesa de uma Amazônia preservada e desenvolvida.

Leia aqui a entrevista na íntegra.