Por que devemos estudar para um futuro que está sendo tirado de nós?

Esta foi a frase dita por Greta Thunberg durante seu discurso em Battery Park, Nova York, em meio à uma das manifestações mais mobilizadoras em escala global. Greta tem apenas 16 anos de idade e é fundadora do movimento Fridays For Future, que se iniciou quando a adolescente resolveu abrir mão de todas as suas aulas de sexta-feira para protestar sobre pautas climáticas. E em meio a exorbitante negligência política com o meio-ambiente, o movimento adquiriu proporções maiores, e é muito coerente que os jovens estejam tomando a frente da mobilização, já que serão os mais afetados pelas consequências das mudanças climáticas no futuro. Como diz a nota publicada pela Coalizão Ciência e Sociedade, “As crianças e os jovens, frequentemente esquecidos nas discussões e em acordos globais sobre mudanças climáticas, sofrem e sofrerão, de forma desproporcional, as consequências do rápido aumento das emissões de gases de efeito de estufa, especialmente nos países em desenvolvimento e nos menos desenvolvidos.”

 

 

E justamente em um período onde as atenções mundiais estão voltadas para as queimadas na Amazônia, a Greve Geral pelo Clima, inspirada pelo movimento de Greta, reuniu nas ruas milhões de pessoas de mais de 150 países ao redor do globo, exigindo que as autoridades tomem as atitudes necessárias a tempo dos problemas climáticos ainda serem reversíveis. Nas cidades brasileiras que aderiram ao movimento, os gritos de protesto foram ainda mais específicos, indo contra as medidas de exploração e a política ambiental do atual governo do país.

No dia 20/9, a Coalizão Ciência e Sociedade, movimento multisetorial do qual alguns acadêmicos como Mercedes Bustamante, Adalberto Val e Carlos Nobre fazem parte, publicou uma nota sobre a Greve Global do Clima, que está disponível aqui para leitura.