A Academia Brasileira de Ciências publicou a seguinte nota sobre o Intituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e seu presidente, o Acadêmico Ricardo Magnus Osório Galvão

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) vem novamente se manifestar em defesa da excelência do trabalho científico e tecnológico realizado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Estamos reiterando integralmente carta encaminhada pela ABC e principais entidades representativas de ciência no país, ao Excelentíssimo Presidente da República, Sr. Jair Messias Bolsonaro, na data de 10 de julho de 2019, Of. ABC-97/2019.

O INPE foi criado em 1961 com a missão de produzir informações e tecnologias robustas nas áreas espacial e do ambiente terrestre, bem como disponibilizar produtos e serviços para o Brasil, subsidiar suas políticas públicas e dar suporte à comunidade científica brasileira. Seu corpo de pesquisadores é de altíssimo nível e por isso participa dos principais fóruns mundiais nas áreas de suas especialidades. Sua infraestrutura é invejável e representa o estado-da-arte nas áreas relacionadas à sua missão. A partir de 1988, desenvolveu excelentes métodos e procedimentos para monitorar o desmatamento no bioma Amazônico, e alcançou credibilidade internacional invejável. A excelência do seu trabalho é reconhecida por outros governos, em especial Estados Unidos e França. Esse trabalho é exemplo mundial de competência nesta área, sendo reconhecido como referência por organismos internacionais como a FAO, WMO, etc, e está sendo estendido para o monitoramento de todos os biomas brasileiros.

O Prof. Dr. Ricardo Galvão, Diretor do INPE, é pesquisador reconhecido mundialmente pela excelência do trabalho científico que realiza há mais de quatro décadas, tem prestado excelentes serviços ao país e tanto seu trabalho como o do INPE não podem ser desrespeitados sem argumentação científica.

O INPE é orgulho do país, realiza trabalho de excelência e os ataques a sua credibilidade científica atacam também toda a comunidade de pesquisadores do Brasil e a soberania nacional.

Rio de Janeiro, 21 de julho de 2019

Luiz Davidovich
Presidente
Academia Brasileira de Ciências