O presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) Luiz Davidovich, o vice-presidente João Fernando Gomes de Oliveira e o ex-secretário de Políticas e Programas de Pesquisa de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e Acadêmico Jailson Bittencourt apresentaram o documento “Ciência, Tecnologia, Economia e Qualidade de Vida para o Brasil” durante a reunião magna da ABC 2018, realizada entre 8 e 10 de maio no Museu do Amanhã. A ideia é que seja considerada a inserção das propostas elaboradas por um grande grupo de cientistas na pauta dos programas dos presidenciáveis.
O documento reúne propostas de políticas para ciência tecnologia e inovação, já apresentadas em documentos anteriores e que não foram implementadas, às quais foram acrescidas outras propostas para o momento atual. O principal destaque é a falta de uma agenda de desenvolvimento para o país e, consequentemente, a falta de planejamento para a execução de um projeto de ciência e tecnologia para o Brasil. O documento reflete a preocupação da comunidade científica com os sucessivos cortes que impedem o desenvolvimento de um país que tem muito a seu favor em termos da riqueza em biodiversidade, com potencial para desenvolver uma forte bioeconomia. Outro ponto a favor se refere aos avanços já instalados em diversas áreas como petróleo, agricultura, aviação e outros sucessos da ciência brasileira.
João Fernando de Oliveira destacou que a economia mundial está se desenvolvendo sobre um grande lastro de desenvolvimento científico e tecnológico. De acordo com os Acadêmicos, não é mais possível almejar qualquer crescimento sem investimento nestas áreas – este é o exemplo que vemos nos EUA, na China, na Coreia do Sul, em Israel e na União Europeia. O governo brasileiro está indo na contramão do mundo cortando recursos em inovação, ciência e tecnologia em momento de crise.
O documento da ABC fala sobre a ciência como ferramenta de desenvolvimento e como obter métricas e indicadores, como avaliar resultados, como planejar a alocação de recursos dentro da realidade e com integridade – e de modo suprapartidário. Jailson Bittencourt destacou que o título do documento fala em qualidade de vida para o país, o que significa que a questão da mitigação das desigualdades socioeconômicas está no cerne da proposta.
Veja aqui o vídeo da apresentação:
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