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O Pint of Science cresceu e o Rio de Janeiro não poderia ficar de fora do festival, um dos maiores eventos de divulgação científica no mundo. A cidade participa da iniciativa pela terceira vez.

Nos dias 14, 15 e 16 de maio, 4 bares do município sediarão bate-papos com cientistas sobre temas que abordarão a potencialidade da física quântica como nova tecnologia, o impacto dos movimentos antivacina na saúde coletiva e a prática musical como ferramenta de resistência política e social. A proposta é esclarecer dúvidas, apresentar pesquisas recentes nessas e em outras áreas do conhecimento e mostrar a beleza da ciência.

Será uma oportunidade para os cariocas terem conversas descontraídas com os cientistas e entenderem melhor a dinâmica por trás das pesquisas, atrativos que fizeram sucesso nas primeiras edições do evento na cidade e que devem levar mais de 2500 pessoas aos bares.

“O festival está crescendo exponencialmente no Rio de Janeiro. Esse ano teremos um número recorde de mesas, serão 12 conversas em 4 bares espalhados pela cidade. Nos últimos anos os bares ficaram lotados e a expectativa para esse ano é ainda maior”, diz Leandro Araújo Lobo, coordenador do evento no Rio de Janeiro.

Programação

Ao todo, serão promovidas 12 conversas, distribuídas entre os bares Bento na Tijuca, Empório Colonial no Centro, Jarbô Café no Jardim Botânico e um bar na Zona Sul ainda a definir.

No primeiro dia, haverá bate-papos sobre as ações benéficas dos microrganismos que nos habitam; a evolução da ciência brasileira durante a Guerra Fria; a conservação de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção; e as relações que a música tem com os movimentos políticos e sociais. No dia 15, os destaques ficarão por conta da discussão da nova tecnologia de edição de genes, CRISPR/cas9; o reflexo do comportamento humano nas mudanças Globais; como os movimentos antivacina estão prejudicando o sistema de saúde; e a relação das mudanças climáticas e os recifes de corais. E, para encerrar, haverá o debate sobre as promessas da informação quântica; sobre os alimentos funcionais, aqueles que trazem benefícios à saúde além de nos nutrir; como a Matemática está por trás da ciência e da arte da boa cerveja; e como e onde procurar vida extraterrestre.

“Nos preocupamos em produzir um festival que contemple os mais diversos ramos do conhecimento. Teremos encontros falando desde genética e física quântica até música e história da ciência. Grandes nomes da ciência carioca como [o Acadêmico] Marcelo Viana, diretor do IMPA, a matemática e historiadora Tatiana Roque e o neurocientista da UFRJ Stevens Rehen estão na programação”, comenta Leandro Lobo.

A programação completa está disponível no site pintofscience.com.br e não há necessidade de inscrição. A entrada é gratuita – paga-se apenas o que for consumido nos estabelecimentos – e não há emissão de certificado.

De Norte a Sul do Brasil

O Pint of Science nasceu em 2013, como uma iniciativa de pesquisadores da Inglaterra, e se expandiu graças a uma rede de voluntários. Neste ano, 21 países promoverão o evento de forma simultânea.

No Brasil, onde o festival foi realizado pela primeira vez em 2015, na cidade de São Carlos, o Pint of Science acontecerá em 56 municípios distribuídos pelas cinco regiões e a expectativa é de que 50 mil pessoas compareçam aos bate-papos.