lindau_nobel_edit.jpgNesta semana, 420 jovens cientistas de 78 países tiveram a oportunidade de discutir os avanços da ciência no mundo com 28 ganhadores do Prêmio Nobel. É o “Lindau Nobel Laureate Meetings”, evento que acontece na Alemanha e promove, desde 1951, essa especial troca de experiências. O encontro termina na sexta-feira, 30 de junho.
Este ano, cinco brasileiros foram escolhidos para participar do evento, que é dedicado à química: Gabriel Gomes, doutorando na Florida State University (EUA); Lucas Caire da Silva, pesquisador do Instituto Max Planck de Pesquisa em Polímeros (ALE); Sergio Jannuzzi, pós-doutorando na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Luiz Novaes, doutorando na Unicamp e Raphael Nagao, pesquisador da Fapesp na Unicamp.
Durante os sete dias de evento, os jovens tiveram a oportunidade de participar de palestras apresentadas por ganhadores do Nobel, aulas, mesas-redondas e apresentações de pesquisas. O maior objetivo do encontro é aproximar gerações de cientistas. “É uma humanização do Prêmio Nobel”, disse o cientista brasileiro Sergio Jannuzzi.
“Não só nas palestras, mas nos debates e até no café, eles nos contam suas histórias, suas questões pessoais, o trabalho todo que tiveram até chegar lá”, acrescentou Jannuzzi.
Outro jovem cientista brasileiro, Gabriel Gomes, da Florida State University, disse que o contato com cientistas de renome internacional vai ajudá-lo a pensar em ideias e contribuições para projetos futuros. “Não só o encontro com vencedores do Prêmio Nobel é importante, mas a oportunidade de poder conhecer e trocar experiências com gente do mundo todo”, afirmou.
Pesquisador do Instituto Max Planck de Pesquisa em Polímeros, Lucas Caire da Silva também participou do encontro. Para ele, é fundamental que alunos e jovens pesquisadores conheçam o que os cientistas do Brasil e do mundo estão estudando e produzindo. “Eu gostaria que colegas e professores tivessem me dado antes algumas dicas sobre o número de opções de estudo e projetos que existem dentro do país e lá fora”, contou.
Para Sergio Jannuzzi, os pesquisadores brasileiros precisam conhecer mais que tipo de ciência é feita no exterior. “É preciso ter proatividade para buscar contatos e parcerias com esses centros de pesquisa e professores”, ressaltou.
Outras informações sobre o “Lindau Nobel Laureate Meetings” estão disponíveis em http://lindau-nobel.org/press/.