Em artigo publicado no dia 14 de fevereiro no jornal O Globo, o diretor científico da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), Jerson Lima Silva, criticou o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 19/2016, em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que prevê corte de até 50% no orçamento da instituição.
Na semana passada, os presidentes da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), já haviam se posicionado contra a PEC. Leia aqui a carta enviada ao governo do estado.
Membro titular da ABC, Jerson Lima Silva afirmou em seu artigo que, se aprovada, a redução de verbas causará uma “paralisia histórica nas ações da fundação. “
Embora reconhecendo a série de cortes que vêm sendo feitos pelo governo estadual do Rio de Janeiro e afirmando que o Conselho Superior e a Diretoria da Faperj têm tomado medidas para reduzir gastos, Silva argumentou que algumas ações da fundação não podem ser interrompidas, como a rede de pesquisa formada recentemente, com quase 400 grupos de cientistas, para buscar soluções para as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.
“Epidemias e outros desafios chegam sem avisar”, disse o diretor. “E precisam encontrar a ciência e a tecnologia bem estruturadas para combatê-los. “
No texto, Silva citou a importância da Faperj na valorização da pesquisa científica no Rio de Janeiro e apontou que o estado vem se destacando no estudo de áreas como nanotecnologia, células-tronco e energias renováveis.
Lembrando 2007, quando a Constituição estadual do Rio passou a prever 2% do orçamento para Ciência, Tecnologia e Inovação, Silva destacou nove aspectos influenciados positivamente pela pesquisa no Rio de Janeiro. Entre eles o reconhecimento nacional das universidades públicas do estado; o aumento na produção científica dentro das instituições e a criação de centros e programas de pesquisa em parceria com empresas privadas.
Confira aqui o artigo na íntegra.