Uma iniciativa da ABC, o simpósio “Recursos Minerais no Brasil: Problemas e Desafios” gerou, em seus dois dias de duração, intensos debates acerca da questão mineral no país. Entre 13 e 14 de agosto de 2013, renomados especialistas da área – dentre eles representantes do governo e da iniciativa privada – estiveram reunidos na sede da Academia para tratarem dos gargalos nacionais encontrados na política, na pesquisa e também na exploração dos recursos minerais. Classificando a temática como um assunto de “primeiríssima importância”, o presidente da ABC Jacob Palis realizou a abertura do evento e fez votos de que novos pontos de vista despontassem durante as discussões.
Utilizando-se de um formato inovador, o simpósio contou a cada sessão com a presença de dois conferencistas e seis debatedores de alto nível. De acordo com Marcos Cortesão, assessor técnico da ABC e co-organizador do evento, a proposição desse modelo visava exercer o poder de síntese dos conferencistas e extrair, de forma bastante dinâmica, suas contribuições mais substantivas para um debate que posteriormente seria aberto aos demais presentes. Ele também destacou que a realização do simpósio se insere no contexto de lançamento do grupo de estudos da ABC sobre recursos minerais no Brasil. “A ideia é que o grupo trabalhe ao longo dos próximos anos e, em um horizonte de aproximadamente 20 meses, esteja pensando em sua primeira publicação.
Além de Cortesão, participaram da organização do encontro os Acadêmicos Diógenes de Almeida Campos (DNPM), Aroldo Misi (UFBA), Umberto G. Cordani (USP) e Adolpho José Melfi (USP), os quais atuaram como mediadores das sessões “O Brasil no Mundo Mineral”, “Potencial Mineral do Brasil”, “Recursos Energéticos de Origem Mineral” e “Brasil Mineral: Visão de Futuro”, respectivamente. Pesquisador associado do American Museum of Natural History, Campos expressou expectativas muito positivas durante a abertura do evento e aproveitou para dedicá-lo à memória de Fernando Flávio Marques de Almeida, membro titular da ABC falecido em agosto deste ano.
Evidenciando a preocupação da Academia Brasileira de Ciências com a questão mineral, os debates passaram principalmente pelo papel fundamental da ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no desenvolvimento desse setor. As discussões também objetivavam desenhar cenários sobre a futura demanda desses recursos minerais, inclusive os energéticos.
Confira as matérias sobre cada uma das sessões:
Novo Marco Regulatório em discussão
Recursos energéticos de origem mineral
