Mila Avelino, Renato Cotta, Lindolpho de Carvalho, Dr. Sadik Kakaç, Luiz Bevilacqua e Márcia de Castro.

Na quarta-feira 14/12, a Academia Brasileira de Ciências recebeu o Dr. Sadik Kakaç, membro emérito da Academia de Ciências da Turquia. Estiveram presentes os Acadêmicos Luiz Bevilacqua, Renato Machado Cotta e Lindolpho de Carvalho Dias, além da Assessora Técnica da ABC, Márcia de Castro Faria Graça Melo, e a Assessora do Dr. Kakaç, Mila Avelino.

A visita teve por objetivo estreitar a relação científica entre membros de ambas as Academias, ampliando as áreas de cooperação. Cotta, que já havia trabalhado com o Dr. Kakaç, diz que a Turquia possui uma intensa atividade científica. “É uma nação que ainda está sendo considerada para se juntar à União Europeia. Um dos aspectos elogiados foi justamente sua pujança científica, bem como sua expansão industrial”, explica o professor titular da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da COPPE (COPPE/UFRJ) e Chefe do Laboratório de Transmissão e Tecnologia do Calor.

Bevilacqua, engenheiro e professor emérito também da COPPE, é o responsável por intermediar as questões brasileiras na colaboração, tentando expandir as áreas que podem render pesquisas e trabalhos entre os dois países.

Energia e meio ambiente

Sadik Kakaç é engenheiro do Departamento de Engenharia Mecânica da TOBB Universidade de Economia e Tecnologia (Ankara, Turquia), além de ser professor emérito de Engenharia Mecânica da Universidade de Miami, na Flórida. O cientista foi eleito membro do TÜBITAK em 1972, o Conselho de Pesquisa Científica e Tecnológica da Turquia (órgão equivalente ao CNPq) e já foi Secretário Geral da Comissão de Energia Atômica do país.

Em entrevista ao NABC, Kakaç disse que recebe alunos em seu departamento na Universidade de Miami, onde muitos já se formaram doutores e pós-doutores. “Tenho uma pesquisa de longo prazo com o Prof. Renato e é muito bom se relacionar com pesquisadores brasileiros e jovens cientistas, pois são muito talentosos”, conta.

Para ele, como ambos os governos já possuem uma boa relação política, seria excelente estender essa ação para o lado científico. “Estou esperançoso por uma cooperação na área energética, bem como na questão ambiental. Os cientistas brasileiros têm feito um trabalho excelente no âmbito dos biocombustíveis, como o biodiesel e o etanol”, diz, acrescentando que a parceria poderia contribuir para a elaboração de tecnologias capazes de aumentar a eficiência energética e reduzir a emissão de gases do efeito estufa.

Recentemente, a presidente Dilma visitou a Turquia e os governos já identificaram as áreas passivas de colaboração. “As propostas foram feitas, mas ainda não aconteceu, oficialmente, a cooperação. Daqui a alguns meses este acordo deve estar totalmente estabelecido”, afirma Kakaç.