O Acadêmico Carlos Nobre, climatologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), publicou um artigo no site do Banco Mundial tratando da revolução científica e tecnológica proposta pela Academia Brasileira de Ciências e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) para a Amazônia.

O texto de Nobre resume as propostas contidas em documento elaborado em 2008 por grupo da ABC, do qual fez parte. Deste ponto de vista, os desafios trazidos pelas mudanças climáticas globais são uma oportunidade única para os países tropicais, ricos em recursos naturais, se tornarem potências ambientais.

Na Amazônia está a maior floresta tropical do planeta, distribuída por oito países. Nos últimos 40 anos, de acordo com o autor, a região foi sujeita ao desmatamento, aquecimento global e incêndios florestais, que não trouxeram riqueza nem qualidade de vida para os povos amazônidas. Na última década, a emissão de dióxido e carbono originada na Amazônia correspondeu a quase 2.5% das emissões globais nesse período, dada a ocupação da região com plantações de soja e pastos para gado.

O desafio agora é conciliar a manutenção de parte da atividade agrícola tradicional em áreas já devastadas com uma nova visão da utilização dos recursos naturais renováveis e com a valorização dos serviços ambientais dos ecossistemas. E para isso é preciso que a realização de uma revolução científica e tecnológica na Amazônia se torne a prioridade estratégica nas políticas de desenvolvimento regional. “Agregar valor ao coração da floresta”, nas palavras da Acadêmica Bertha Becker, também membro do grupo que elaborou o documento da ABC, será o maior desafio para a comunidade científica brasileira nos próximos 20 anos.

Leia o artigo na íntegra e atenção: o Prof. Carlos Nobre fará uma palestra intitulada Mudanças Climáticas e Amazônia, no dia 18 de setembro, 6a feira, no Auditório do BNDES – na Av. Chile, 100, no Centro do Rio de Janeiro, dentro da programação científica do Ano da França no Brasil.