Com 33 anos hoje, Luciana Gonzaga de Oliveira nasceu em Campinas, no Estado de São Paulo. A facilidade com a Química nos tempos de colégio a conduziram naturalmente ao bacharelado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde também concluiu mestrado, doutorado e dois pós-doutorados na mesma área. Em 2007, completou outro pós-doutorado nas áreas de Química e Genética, pelo Max-Planck-Institut für Kohlenforschung, na Alemanha.

Atualmente professora do Instituto de Química da Unicamp, ela recebeu o prêmio do Programa Para Mulheres na Ciência pelo projeto Obtenção de uma Lipase Termoestável por Evolução Dirigida. Luciana explica que várias ferramentas modernas de Biologia Molecular têm permitido a mutação e a recombinação enzimática através do método de evolução dirigida (in vitro), como uma tentativa de mimetizar o processo de evolução que ocorre na natureza. As metodologias deste procedimento baseiam-se na combinação de técnicas. Luciana trabalha com enzimas termoestáveis, que são biocatalisadores importantes para aplicação em síntese orgânica, tecnologia de polímeros, biorremediação, como componentes de detergentes e em ferramentas diagnósticas.

A pesquisadora avalia que o incentivo à pesquisa cresceu muito, mas ainda não é suficiente no Brasil. E se considera uma privilegiada por não ter enfrentado muitos obstáculos ao longo da carreira, por ter estudado numa das melhores universidades do país e por ter obtido reconhecimento por seu trabalho em duas iniciativas importantes de incentivo à pesquisa, o Projeto Jovem Cientista e agora com o Prêmio L’Oréal-Unesco-ABC. Ela apreciou muito a iniciativa, que em sua opinião valoriza tanto a mulher jovem como a boa ciência.