Sérgio Mezzalira
(MEZZALIRA, S.)
Filho de João e Yolanda Mezzalira, natural de Campinas, SP onde fez seus estudos primário e secundário, casado desde 1946 com Izilda Isabel (com seis filhos, vários netos e um bisneto), aposentado, resume abaixo as suas pesquisas em 45 anos de carreira dentro do serviço público (1942-1981 e 1984-1989).
Diplomado, direciona suas atividades para as Instituições de Pesquisa onde a sua formação profissional – Naturalista – Geólogo – permite-lhe estudar qualquer grupo biológico (animal e/ou vegetal) dando preferência aos bivalvos e crustáceos dos Grupos Passa Dois e Bauru. Assim, no período funcional produziu mais de 110 trabalhos sobre temas geológicos, paleontológicos, hidrogeológicos, etc., destacando-se os: Fósseis do Estado de São Paulo, 1966 e 1989; Contribuição à Geologia e Paleontologia do Arenito Bauru (1974- Tese de Doutoramento) e Fóssil Mollusc of Brazil (1995) em parceria com Luiz R.L. de Simone. Além dos seus estudos de utilidade pública em 250 cidades e fazendas experimentais, do interior do Estado, para locação de poços artesianos e elaboração dos mapas geológicos na escala de 1/1.000.000, merecem referências as seguintes contribuições para o desenvolvimento das ciências geopaleontológicas: descobriu novas ocorrências de vegetais fósseis em Corumbataí, Piracaia, São Paulo, Tatuí e Sarapuí, SP; estabeleceu, pela primeira vez, a distribuição bioestratigráfica dos crustáceos da Formação Irati (1954); encontrou insetos fósseis em Boituva, SP, dentro do Grupo Tubarão estudados por Irajá D. Pinto; estabeleceu o segundo nível marinho dentro do Grupo Tubarão (1956) baseado em fósseis; ampliou a distribuição bioestratigráfica dos fósseis do Grupo Passa Dois (1980); estabeleceu em parceria com M.F.Arid a bioestratigrafia dos fósseis do Grupo Bauru; revisou, em parceria, com R.G. Martins Neto os Paleomonídeos (Crustáceos Caridea) do Cretáceo do Nordeste e Terciário de Tremembé, SP; descreveu novos gêneros e espécies de bivalvos dos Grupos Passa Dois e Bauru e, em parceria com R.G. Martins Neto assinalou e descreveu (1992) os Isopoda na Formação Tatuí, SP. Como profissional atuante, participou de dezenas de Congressos, Simpósios, Mesas Redondas, etc., em diversos Estados Brasileiros (1947-1992). Exerceu vários cargos de direção no Instituto Geográfico e Geológico, contribuindo para o desenvolvimento e reconhecimento da profissão de Geólogo, além de promover a disseminação da pesquisa geológica no Estado e nas sociedades científicas; participou de inúmeras comissões técnicas, de bancas examinadoras no IGUSP de mestrado e doutoramento, como titular e do concurso para a carreira de Pesquisador Científico junto ao Instituto Geológico – SMA. É sócio efetivo da SBG, da SBP, da ABEQ, da ALPP e sócio fundador da ABAS. Ainda neste ano (1995) foi agraciado com um cartão de prata, conferido pela Comissão Organizadora do 14º Congresso Brasileiro de Paleontologia, realizado em Uberaba, MG, pela valiosa contribuição ao conhecimento do Cretáceo. Prossegue ainda desenvolvendo pesquisas em áreas de sua especialidade, mantendo-se, apesar de aposentado, em plena atividade intelectual.