Milton Luiz Laquintinie Formoso
(FORMOSO, M.)
Milton Luiz Laquintinie Formoso, nasceu em Pelotas, filho de Sylvio Garcia Formoso e Maria Laquintinie Formoso. Bisavô e avô maternos foram professores. Casado com Anna Maria Rodrigues Torres Formoso, teve com ela 05 filhos e 05 netos. Do curso primário feito no Rio Grande e Pelotas (RS), teve a influência do Prof. Armando Maffei, do Curso Pedro II em Pelostas, em 1937. O ginasial e o científico foram cursados no Ginásio Pelotense (posteriormente, Colégio Pelotense), de 1939 a 1946 onde os professores eram pessoas de alto nível intelectual (em média, diferente de hoje).
Uma vez ingresso na Escola de Engenharia (UFRGS, 1947-1950), no Curso de Química, iniciou-se em pesquisa sob a influência do Prof. Oto Alcides Ohlweiler. Após a formatura em 1950, fez especialização em Geoquímica nas seguintes instituições: United States Geological Survey (1959-1960), com disciplinas de Geologia na Universidade de Harvard e Mineralogia de Argilas e Difração de Raios X nas Universidades da Pensilvânia (Pennstate University) e na Universidade de Illinois (Urbana); no Centre de Recherches Petrographiques et Geochimiques, em Nancy, França, em 1967, sob a orientação de Marcel Roubault e Hubert de La Roche e, em Strasbourg, sob a orientação de Georges Millot.
Sob a orientação do Prof. Rui Ribeiro Franco fez seu doutoramento no Instituto de Geociências na USP, intitulando sua tese “Anortosito de Capivarita – Geologia de Capivarita”. Orientou 22 mestres e 8 doutores; orienta 8 doutorandos e 1 mestrando. Em 1995, nos dias 18 e 19/12, foram realizadas as duas primeiras teses em cotutela Universidade de Poitiers/Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi membro dos Comitês Assessores do CNPq e do PADCT, diversas vezes participou de Comissões de Avaliação da CAPES e foi Diretor Científico Interino e Coordenador de Ciências da terra da FAPERGS. Desde 1952 é Professor da UFRGS, tendo ao longo destes 43 anos, ministrado inúmeros cursos de graduação e pós-graduação. Foi Chefe do Departamento de Geologia do Instituto de Geociências da UFRGS no período 1976-1978, Diretor do Instituto de Geociências da UFRGS de 1980 a 1984, Diretor do Centro de Estudos em Petrologia e Geoquímica do Instituto de Geociências da UFRGS, de 1992 a 1996, e Coordenador do Projeto CAPES/COFECUB 108/90 e 185/96. Seus principais temas de pesquisa ao longo de sua vida científica versaram sobre a Geoquímica do Ciclo Supérgeno, Geoquímica Hidrotermal, Geoquímica dos Elementos Terras raras, Geoquímica de Rochas Cristalinas e Mineralogia de Argilas. Foi Vice-Presidente das seguintes Sociedades: Brasileira de Geologia (1968-1970) e Brasileira de Geoquímica (1987-1989; 1991-1993), sendo que desta última foi Presidente de 1993-1995. Pertence à “Association Internationale pour lEtude des Argiles” (AIPEA) desde 1978, tendo sido o único representante da América Latina, membro do “Nomenclature Committee” e à “International Association of Geochemistry and Cosmochemistry”. Participa do Corpo Editorial das seguintes revistas: Revista Brasileira de Geociências, Geochimica Brasiliensis, Boletim Instituto de Geociências(USP), Boletim Instituto de Geociências (UNICAMP) e Revista Museu Goeldi(PA). Tem 48 artigos publicados em revistas de corpo editorial rígido, 25 comunicações em congressos nacionais, 14 em congressos internacionais e 03 capítulos em livros (“Geoquímica dos Elementos Terras Raras no Brasil”, “Análise Instrumental Aplicada à Geologia” e “Bauxitas do Brasil” ).
Seu “hobby” é assistir futebol e seus esportes são o “jogging” e a ginástica aeróbica.
(Obs.: Texto compilado por Isar Oswaldo-Cruz)