Elisa Esther Maia Frota-Pessoa
(FROTA-PESSOA, E.)
Elisa Esther Maia Frota-Pessôa é filha de Elisa Habbema Maia e do advogado Juvenal Moreira Maia e neta de francesa, holandês, índia e português. Casou-se antes de entrar para a Faculdade de Filosofia, curso de Física, com Oswaldo Frota Pessôa que foi seu professor no ginásio. Durante o curso da Faculdade teve dois filhos: Sonia Frota-Pessôa (hoje física) e Roberto Frota-Pessôa (hoje médico).
Em 1942, ainda estudante, Elisa começou a auxiliar Joaquim Costa Ribeiro em suas pesquisas com minerais radioativos. Em 1944 foi nomeada assistente da Cadeira de Física Geral e Experimental. Em 1948 passou um ano na USP pesquisando, com bolsa de estudo. Voltou para o Rio em 1949 reassumindo a Faculdade de Filosofia e trabalhando no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas do qual Elisa Frota-Pessôa é membro fundador e autora do primeiro trabalho científico nele realizado (com a colaboração de Neusa Margem, atualmente Amato). Foi Chefe da Divisão de Emulsões Nucleares do CBPF de 1949 a 1964 (exceto nos anos em que trabalhou no exterior: 1958/1959 no “University College” em Londres, no grupo de H.S. Burhop).
Trabalhando em pesquisa no CBPF e dando aulas na Faculdade de Filosofia teve a oportunidade de levar para o CBPF, para aulas práticas de Física e maior contato com cientistas, seus alunos da Faculdade. Jayme Tiomno, com quem se casou em segundas núpcias, havia criado um laboratório de ensino no CBPF onde esses alunos estagiavam. Esta aproximação de alunos da Faculdade com o Centro foi de grande importância para a formação de novos físicos. A partir de 1964 esta aproximação foi se tornando mais difícil até ser impedida pelo regime militar.
Em 1968/1969 Elisa reformou o laboratório de emulsões da USP para estudo de espectroscopia nuclear. Em 1969 foi aposentada pelo AI-5 na Faculdade e afastada do CBPF juntamente com Jayme Tiomno e José Leite Lopes.
Em 1975 Elisa Frota-Pessôa iniciou a montagem de um laboratório de emulsões na PUC com o auxílio de Ernst Hamburger do IFUSP. Em 1977, como membro do Departamento de Física Experimental do IFUSP, continuou o trabalho na PUC em colaboração com o IFUSP. Em 1980 reassumiu os trabalhos no CBPF implantando um laboratório de emulsões nucleares para estudo de espectroscopia nuclear. Em 1992 foi aposentada compulsoriamente por idade. Ainda em 1992 recebeu o título de Pesquisador Emérito do CBPF, o que lhe permite continuar pesquisando, já com cinco netas (uma bioquímica, uma historiadora da arte, uma economista, uma estudante de Engenharia e uma cursando o 2º Grau) e mais seis bisnetos.