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Ciências Biomédicas | MEMBRO ASSOCIADO

Eline Sant’Anna Prado

(PRADO, E. S.)

17/10/1921
Brasileira
27/03/1973

Graduada em Química pela Universidade de São Paulo, iniciou sua carreira na Laborterápica SA Indústria Química e Farmacêutica. No período de 1943 a 1946, sua realização mais relevante foi o estabelecimento da tecnologia para fabricação de insulina cristalizada e lançamento da primeira insulina nacional para fins terapêuticos. Contando com a compreensão e apoio financeiro da Laborterápica foi, de 1946 a 1948, estudante de pós-graduação da McGill University, Montreal, Canadá, tendo obtido o título de “Master of Science” com tese na área de química de esteróides. De volta ao Brasil iniciou desenvolvimento de processo para extração de colesterol do cérebro e síntese da vitamina D3. Entretanto este projeto teve que ser abandonado pois a associação da Laborterapica com a companhia americana Bristol, resultou em interesse limitado à área de antibióticos. Durante sua permanência na Laborterápica manteve colaboração científica com seu marido, J. Leal Prado, professor de Bioquímica na Escola Paulista de Medicina e pesquisador de Instituto Butantan e com Maurício Rocha e Silva, pesquisador do Instituto Biológico. O desejo de dedicar-se à investigação científica levou-a a aceitar em 1951 a posição de Assistente de Bioquímica na EPM, reiniciando colaboração científica com J. Leal Prado, colaboração que perdurou até seu falecimento em 1987. As linhas de pesquisa de ambos abrangeram o sistema hipertensor renal e o sistema calicreínas-cininas. Nos últimos anos tem centralizado suas pesquisas na área da enzimologia das calicreínas tissulares. Teve na EPM atividade docente no curso médico e participação ativa na implantação do curso biomédico, sendo responsável pela disciplina de Bioquímica. Ministrou vários cursos de pós-graduação na área de Química de Proteínas, para alunos da EPM e de outras instituições, tendo orientado várias teses de mestrado e doutorado. Apesar de não ter tido na ocasião oportuna a possibilidade de doutoramento, pelo fato da EPM estar credenciada apenas para doutoramento em Medicina, atingiu em 1981 por concurso de títulos, a posição de Professora Titular. Em 1983 requereu sua aposentadoria, visando abrir a possibilidade da instituição receber elemento mais jovem e promissor no seu quadro de professores. Entretanto continua exercendo até a presente data atividades de pesquisa na EPM, contando com o apoio do CNPq e da FAPESP.