Alberto de Carvalho Peixoto de Azevedo
(AZEVEDO, A.)
Alberto de Carvalho Peixoto de Azevedo nasceu em 15 de fevereiro de 1933 na cidade de São Paulo no estado de mesmo nome.
Em dezembro de 1955, graduou-se em Engenharia eletrônica, pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, SP, onde cursou disciplinas matemáticas de muito bom nível. No ITA, a influência dominante foi Francis Dominic Murnaghan cujo exemplo o levou a optar por uma carreira de matemático.
Em maio de 1956 foi designado estagiário do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), como bolsista do então Conselho Nacional de Pesquisas – CNPq. Um ano depois foi nomeado assistente do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), onde permaneceu até agosto de 1960 quando foi fazer pós-graduação nos Estados Unidos visando a obtenção do doutorado. Nos Estados Unidos, as influências marcantes foram: Harvard University como instituição, Shreeram Sankhar Abhyankar (orientador de sua tese de doutorado em Purdue University) e Oscar Zariski como aqueles que moldaram seus interesses e preferências matemáticas. Sua tese, decorridos mais de trinta anos, ainda é tema de publicações de nível internacional.
Voltou ao Brasil em julho de 1967 para trabalhar no Instituto Central de Matemática da Universidade de Brasília (UnB) tendo sido o coordenador do Instituto em 1968. Em agosto de 1968 desligou-se da UnB para trabalhar na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), onde permaneceu até julho de 1977. Na PUC-Rio foi coordenador de pós-graduação do departamento de Matemática nos anos de 1969 e 1972/1974 e diretor desse departamento no período de 1970 a 1971. De novembro de 1975 a fevereiro de 1976 esteve na Universidade de Erlangen-Nürenberg, na Alemanha, em programa de pós-doutorado. De julho de 1977 a julho de 1991 trabalhou no CNPq e em agosto de 1991, através de concurso, retornou ao departamento de Matemática da UnB, onde aposentou-se em fevereiro de 2003.
Foi atuante na comunidade matemática brasileira. Por uma década, de 1969 a 1979, fez parte do Conselho Técnico-Científico do IMPA. Na Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), foi seu primeiro tesoureiro no período de 1969 a 1971, membro eleito do Conselho Diretor nos biênios de 1971/1973 e 1973/1975 e membro do Conselho Fiscal por dez anos: de 1980 a 1990. Coordenou o 8° Colóquio Brasileiro de Matemática em 1971. Foi membro do Comitê Assessor de Matemática do CNPq no biênio 1976/1977.
Além de matemático, foi administrador não somente junto à comunidade matemática como também no que diz respeito à área de ciência e tecnologia como um todo.
Cabe destacar sua participação nas seguintes instituições:
PUC-Rio onde, no período de 1968 a 1974, atuou intensamente na consolidação do departamento de Matemática. Em particular, participou da estruturação do ciclo básico, da organização dos cursos de graduação em Matemática pura, em Matemática aplicada e de um terceiro projetado para aqueles que desejavam realizar estudos pós-graduados em Ciência da Computação. Enfim, participou da implantação do programa de pós-graduação em Matemática tanto em nivel de mestrado em 1968 quanto de doutorado em 1974.
CNPq onde foi coordenador de Ciências exatas e da Terra de julho de 1977 a janeiro de 1980, superintendente de desenvolvimento científico no biênio fevereiro 1980/março 1982, superintendente de Ciências exatas e da Terra no triênio de março 1987 a maio 1990 e coordenador (do lado brasileiro) do Subprograma para Ciências Básicas do Programa Especial de Ciência e Tecnologia Brasil/EEUU – Blues Ribbon (julho 1989/maio 1992).
Recentemente foi coordenador de Ciências Exatas e Geologia da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) de 1999 a 2002 e, de 2000 a 2002, Secretário Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) no Distrito Federal. É autor de 34 trabalhos: 19 em matemática e 15 na área de ciência e tecnologia. Proferiu 46 conferências matemáticas em 22 instituições, no Brasil e no exterior, e 48 conferências sobre “Política de C&T” e “A Ação de Fomento do CNPq”, em 42 instituições brasileiras.