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Ciências Biomédicas | MEMBRO CORRESPONDENTE

Franklin Alan Sher

(SHER, A.)

04/12/1945
Americana
04/05/2010

Alan Sher foi pioneiro nos estudos que definiram o papel das células T e T-cell citocinas produzidas em uma ampla gama de modelos de doenças parasitárias e microbianas e desempenhou um papel preponderante na criação do campo moderno da imunoparasitologia. Os parasitas evoluíram para co-existir com os mecanismos de defesa dos vertebrados e o trabalho Sher estabeleceu o conceito de que a interação hospedeiro-parasita pode revelar os mecanismos fundamentais do funcionamento do sistema imunológico e controle. Identificou mecanismos pelos quais helmintos e protozoários extracelulares fogem do ataque de anticorpo e a via complementar alternativa. Sher (com Phillip Scott e Robert Coffman) foi o primeiro a mostrar que as respostas Th1 versus Th2 para um parasita (Leishmania) determina a resistência ou susceptibilidade em camundongos. Ele posteriormente descobriu múltiplas estratégias empregadas pelos parasitas para regulamentar imunidade mediada por células para garantir a sobrevivência de ambos, parasita e hospedeiro. Sher demonstrou o papel essencial das células dendríticas e citocinas chaves, tais como IL-12, na iniciação e regulamentação da classe funcional das respostas imunes dirigidas ao parasita. No caso do Toxoplasma, ele descobriu um novo ligante de receptor toll-like, profilina, que é responsável por ativar a função das células dendríticas e por essa razão é um antígeno do parasíta imunodominante. Além disso, Sher tem feito um trabalho seminal sobre os mecanismos pelos quais os parasitas regulam as respostas imunes do hospedeiro em seu benefício, principalmente pela indução de IL-10, e recentemente descobriu que as células Th1 podem modular suas funções potencialmente destrutivas do hospedeiro através da produção autócrina desta citocina. Essas, assim como muitas outras descobertas de Sher tiveram grandes implicações fundamentais para as áreas de defesa do hospedeiro e da regulação imune. O Dr. Sher teve uma longa relação com a ciência e a imunologia brasileira, que remonta ao final dos anos 1970. Nove cientistas brasileiros foram formados em seu laboratório, dois dos quais são membros da Academia Brasileira de Ciências. Ele e seus colegas têm participado em numerosos projectos em colaboração com cientistas em Belo Horizonte, Salvador e Recife, e ele tem sido um orador convidado em várias ocasiões para o encontro anual protozoologia em Caxambu, bem como para as reuniões da Sociedade Brasileira de Imunologia.