Ado Jório de Vasconcelos

O caminho de Ado Jório até a física se deu de forma bastante peculiar. Unindo seu gosto pelo rock progressivo e a busca por um orientador, o Acadêmico, então estudante universitário, foi atrás de um professor do departamento de física que gostava de música e estudava acústica e materiais. Foi quando teve o primeiro contato com aquela que se tornou sua área de estudo. Graduou-se em física pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 1994) e concluiu o doutorado (1999) nas mesmas área e instituição tendo, o também Acadêmico, Marcos Assunção Pimenta como orientador nas duas ocasiões. Além disso, fez estágio de pós-doutorado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), entre 2000 e 2001, nos Estados Unidos. Trabalha com a pesquisa e o desenvolvimento de instrumentação científica em óptica para o estudo de nanoestruturas com aplicações em novos materiais e biomedicina. Ao longo de sua carreira, reuniu diversos prêmios, dos quais destacam-se: Prêmio Somiya (2009), da União Internacional das Sociedades de Pesquisa de Materiais (IUMRS, na sigla em inglês); Prêmio Scopus Brasil (2009), da Elsevier/Capes; Prêmio ICTP (2011), do Centro Internacional Abdus Salam de Física Teórica (ICTP, na sigla em inglês); Prêmio de Pesquisa Georg Forster (2015), da Fundação Humboldt; a Medalha da Inconfidência (2016), do governo de Minas Gerais; e, também em 2016, foi incluído na lista dos cientistas mais influentes do mundo feita pela Thomson Reuters. Além de ser membro titular da ABC, também é membro da Sociedade Brasileira de Física (SBF). Sobre a ciência no Brasil, o pesquisador reconhece a defasagem, porém se mantém otimista. “A gente tem que melhorar bastante. A competição global é difícil. Mas estamos no caminho. Em termos de produção quantitativa, o Brasil tem uma produção condizente com o tamanho do país. Temos pesquisadores e grupos de pesquisa reconhecidos internacionalmente, e isso é inquestionável, em todas as áreas”, diz.