Graduada em Medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Dra. Ida Schwartz concluiu na mesma instituição o mestrado em Genética e Biologia Molecular e o doutorado em Ciências Genéticas. Atualmente, é professora do Departamento de Genética.

Ida Schwartz nasceu em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, e mudou-se para Porto Alegre na adolescência com o intuito de prestar vestibular para a faculdade de Medicina. “Quando eu era criança, me lembro de fazer experiências tentando hibridizar flores com cores diferentes. No segundo grau, eu tive a sorte de ter contato com vários professores da área de Biologia que me inspiraram. Esse prazer de transmitir conhecimento me foi passado pela família”, relembra a pesquisadora.

Durante o curso, a curiosidade e o prazer em aprender da infância se transformaram efetivamente no desejo pela Ciência e pela pesquisa clínica. Aos 36 anos, a cientista considera o prêmio oferecido pela L’Oréal uma oportunidade única, tendo em vista que são poucos os recursos para a pesquisa no Brasil. “O programa de bolsas é destinado às cientistas que estão começando a carreira, fase em que é muito difícil conseguir recursos das agências públicas, pois concorremos com cientistas já renomados”, acrescenta.

Seu trabalho está focado na pesquisa da Rede MPS Brasil. O nome é a abreviatura de Mucopolissacaridoses, um grupo específico de doenças genéticas. “Assim como outros centros brasileiros de genética clínica envolvidos nesse projeto, nosso objetivo é caracterizar os aspectos epidemiológicos, clínicos, bioquímicos e genéticos das MPS no Brasil. Assim, poderemos ampliar o acesso ao diagnóstico, ao tratamento e à prevenção, através do aconselhamento genético, destas doenças, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e das famílias”, explica.

Casada, com planos para ter filhos futuramente, hoje a Dra. Ida Schwartz dedica-se quase integralmente ao trabalho. “Foi uma opção de vida que fiz quando decidi me tornar pesquisadora que não se constitui em dever, mas sim em algo prazeroso”, disse. “Mas se eu não fosse cientista, talvez tivesse optado pela carreira desportiva, pois adoro atividades físicas”, concluiu.