Maria Domingues Vargas
(VARGAS, M. D.)
Maria Domingues Vargas nasceu em 1956 e graduou-se em Química, em 1979, na Universidade Federal de Minas Gerais. Em 1980, obteve seu Ph.D na Universidade de Cambridge na Inglaterra, no grupo Johnson & Lewis, um dos mais importantes grupos de pesquisa de todo o Reino Unido. Em 1983, Maria Vargas candidatou-se e foi selecionada para uma “Lectureship” no Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da Universidade de Cambridge.
Após quase 8 anos na Inglaterra, a Profa Maria Vargas regressou ao Brasil e foi contratada como docente no Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas, onde ficou por mais de 10 anos. Atualmente, a Profa Maria Vargas é professora Titular da Universidade Federal Fluminense. Quando estava na UNlCAMP, em 1991, foi eleita como “Associate” do International Centre for Science and High Technology (ICS), Trieste, na Itália.
Maria Vargas é autora de 75 artigos plenos publicados em periódicos de grande prestígio internacional, e pertence ao seleto grupo de químicos brasileiros com mais de 1000 citações no Institute Scientific Information. Orientou vários mestres, doutores e pós-doutores e proferiu diversas conferências no Brasil e no exterior. Foi vice-presidente da Sociedade Brasileira de Química de 1996-1998, membro do Conselho Consultivo da SBQ de 1999 a 2000 e, atualmente, é membro do Comitê Assessor da área de Química, no CNPq.
A Profa Maria Vargas coordenou vários projetos de pesquisas, financiados pelo PADCT, FAPESP, Comunidade Européia, CNPq, PRONEX-FAPERJ do Rio de Janeiro e, desde 1999, é uma das editoras do Journal of the Brazilian Chemical Society, sendo uma das responsáveis pela alta qualidade deste periódico científico brasileiro, o de maior Fator de Impacto (1.16) de toda a América Latina.
Em trabalho clássico da literatura, a Profa Maria Vargas demonstrou, pela 1ª vez, ainda quando estava em Cambridge, qual o número mínimo de átomos que conferem ao cluster as propriedades metálicas. Sua revisão sobre carbonilas metálicas polinucleares continua como um dos artigos clássicos da literatura no domínio dos clusters metálicos. Seus interesses científicos vão desde “Cluster” de irídio e rutênio, compostos organometálicos para ótica não linear à complexos organometálicos com atividade biológica, esta última sua atual linha principal de pesquisa na Universidade Federal Fluminense, onde é uma das mais destacadas professoras do Instituto de Química.