Este ano, o Prêmio Fundação Bunge, um dos mais importantes reconhecimentos de mérito científico, literário e artístico do país, chegou à sua 65ª edição. O vencedor na categoria Vida e Obra em Ciências Biológicas, Ecológicas e da Saúde, no tema Prevenção de Doenças Infecciosas, foi o Acadêmico Ricardo Tostes Gazzinelli, que é professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e cofundador do Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG/Fiocruz. Ele está presidindo a Sociedade Brasileira de Imunologia.

Sobre o Prêmio

O Prêmio Fundação Bunge contempla seis áreas do conhecimento humano: Ciências Biológicas, Ecológicas e da Saúde; Ciências Exatas e Tecnológicas; Ciências Agrárias; Ciências Humanas e Sociais; Letras e Artes. A área de Ciências Agrárias é fixa, sendo contemplada todos os anos. As demais seguem um sistema de rodízio. O Conselho da Fundação Bunge seleciona os ramos dentro da área definida.

Os candidatos ao prêmio são indicados por representantes das principais universidades e entidades científicas do país por meio de solicitação enviada pela Fundação Bunge. As indicações acontecem de 10 de maio a 15 de agosto.

A partir das indicações, Comissões Técnicas, compostas por especialistas nas áreas de premiação, elegem, em setembro, os homenageados nas categorias Vida e Obra e Juventude.Em novembro, os agraciados receberão o prêmio que contempla, além do reconhecimento público, medalha de ouro e a quantia de R$ 150 mil para Vida e Obra e medalha de prata e R$ 60 mil para Juventude.

Sobre o premiado

Ricardo Gazzinelli é professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pesquisador titular do Centro de Pesquisas René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), professor da Universidade de Massachusetts (UMASS), professor visitante da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) e pesquisador 1A do CNPq. É coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas/MCT. Cofundador do Centro de Tecnologia de Vacinas UFMG-Fiocruz e da Detechta Biotecnologia S.A..

Fez contribuições importantes na área de imunologia das doenças parasitárias e tem contribuído para o desenvolvimento de vacinas contra as doenças negligenciadas, mais precisamente a leishmaniose, doença de Chagas e malária.

É membro titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Mundial de Ciências (TWAS, na sigla em inglês.

As diversas distinções que recebeu ao longo da carreira incluem o prêmio como orientador do Grande Prêmio Capes de Teses em Ciências da Vida (2012), em  Bioquímica (2012) e Medicina (2011 e 2017); o Prêmio Péter Murányi (2014); a Cátedra Capes/Harvard (2013-2014); o Prêmio Santander Universidade em Biotecnologia (2013); os graus de Comendador (2007) e Grã-Cruz (2010) da Ordem Nacional do Mérito Científico; o Prêmio TWAS em Ciências Médicas (2009); o Prêmio Marcos Mares-Guia da Fapemig/Sestec (2009); o Prêmio Capes/Elsevier em Bioquímica (2007); fellowship da John Simon Guggenheim Memorial Foundation (2004);  o Prêmio Fundep em Ciências Biomédicas (2002); Biotechnology Fellowship da Rockfeller Foundation (1995)