O Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino – IDOR – anuncia uma parceria inédita com a Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) para a criação do Centro de Biologia Quântica na UCLA. Membro fundador e parceiro estratégico da iniciativa, que é liderada na Califórnia pela engenheira quântica brasileira Clarice Aiello, o IDOR se junta a outras três instituições nesta criação: National Science Foundation (NSF), Kavli Foundation, e Gordon e Betty More Foundation. O Centro de Biologia Quântica ficará sediado no California NanoSystems Institute (CNSI), localizado dentro do campus da UCLA. O projeto vai contribuir para o desenvolvimento da ciência e de talentos brasileiros, posicionando-os para troca de informações e conhecimento com pesquisadores de todo o mundo em um novo ramo da ciência: a biologia quântica. O

“Esta é uma parceria estratégica que o IDOR está estabelecendo, apoiando de maneira pioneira, com o intuito de ser um facilitador da criação de um grupo de pesquisadores de biologia quântica. A parceria do IDOR com o Centro de Biologia Quântica na UCLA passa pela criação de uma rede de cientistas brasileiros que trabalham com o tema e que vão poder trocar conhecimentos e ideias com outros pesquisadores ligados ao Centro”, explica Sergio Ferreira, Professor Titular da UFRJ e Diretor de Parcerias Científicas e Relações Internacionais do IDOR.

A parceria com o Centro de Biologia Quântica na UCLA é um dos projetos que irão compor uma nova iniciativa denominada IDOR Global – Ciência Pioneira. O programa visa a internacionalização da ciência brasileira por meio da criação e do fortalecimento de parcerias do IDOR com instituições internacionais de ponta, criando novas oportunidades para enviar pesquisadores brasileiros para o exterior e para receber cientistas estrangeiros. O investimento em pesquisas em áreas de fronteira da Ciência, que buscam o conhecimento mais profundo da natureza, será o grande diferencial do projeto.

Neste sentido, e já atuando dentro da parceria com a UCLA, o IDOR está sendo precursor no Brasil em fomentar e estimular a formação da comunidade de biologia quântica no País, que já teve uma primeira reunião em agosto. Este encontro contou com a participação de cerca de 100 pesquisadores das áreas de física e biologia, a maioria formada por PhDs (42%), seguidos por alunos de graduação (20%) e doutorandos (14%). Esta comunidade abre, primeiramente, um círculo de discussão com cientistas em todo o Brasil que estão trabalhando em áreas correlatas à biologia quântica. A partir da parceria do IDOR com a UCLA e com a rede internacional, já formada com a liderança da Clarice Aiello, o objetivo é promover a conectividade do grupo brasileiro para fazer colaborações e participar de reuniões conjuntas com grupos estrangeiros também ligados à iniciativa.

A biologia quântica, uma área nova da ciência e que ainda está se estabelecendo no mundo, é o encontro de duas áreas de conhecimento: a biologia, que estuda a vida e os organismos vivos, e a física quântica, que trata de fenômenos que ocorrem na esfera atômica ou subatômica, ou seja, abaixo do átomo, como elétrons, prótons, e fótons.

Já existem evidências de que a mecânica quântica rege fenômenos no campo biológico, como, por exemplo, no funcionamento de enzimas, que catalisam reações químicas no organismo. E parece que processos como o controle metabólico dos tecidos e a respiração celular também sofrem implicações quânticas. As aplicações biológicas dos achados destes estudos, que não estarão disponíveis tão cedo pela novidade da área, podem ir desde diagnóstico a novos tratamentos médicos.

Como parte das atividades da comunidade brasileira está o ciclo de palestras Quantum Bio Brasil  Talks, realizado mensalmente, na última sexta-feira do mês, com abordagens de temas de interesse da área. A primeira palestra, realizada pela Clarice Aiello, abordou aspectos gerais da física de spins. Os encontros são abertos e gratuitos, mediante inscrição pelo site.