Na sexta-feira, 5/3, ocorreu a segunda Reunião dos Grupos de Trabalho (GTs) dos Membros Afiliados, conduzida pelos representantes Andreza de Bem, Ana Chies, Raquel Minardi e Marcelo Mori e pelos coordenadores dos GTs – Jaqueline Mesquita, Rodrigo Nunes da Fonseca, Cláudia Figueiredo, Tiago Roux e Eduardo Zimmer. Os participantes analisaram as melhorias a serem feitas no projeto de survey que está sendo desenvolvido.

A elaboração da nova survey conta com o convidado especialista Alessandro Freire, do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) em Brasília, e visa conhecer melhor a realidade dos jovens pesquisadores de todo o país. É dividida em sete grupos temáticos: liderança científica, fuga de cérebros, diversidade, divulgação científica e internacionalização, bolsas de produtividade, financiamento e interdisciplinaridade. Cada parte foi elaborada por um grupo de quatro ou cinco pesquisadores. Os Grupos de Trabalho contam atualmente com 100 participantes.

Ocorreram dois turnos de debates: no primeiro, os membros foram agrupados aleatoriamente para debater cada tema. Nessa etapa, os participantes trocaram ideias e sugeriram alterações nos questionários. No segundo turno, foram organizados nos grupos temáticos, que compartilharam as sugestões ouvidas e refletiram sobre o aprimoramento dos tópicos do seu GT.

A Ascom ABC acompanhou a representante Ana Chies, líder do grupo temático IV, sobre fuga de cérebros. Na discussão com grupos mistos, o membro afiliado Giordano Poneti, químico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), de origem italiana, comparou a situação da docência em seu país natal e no Brasil. “Na Itália, em certos aspectos, é ainda pior. Há muita competição, poucos editais nacionais e precariedade no sistema de financiamento”, comentou.

No segundo turno de discussões, Ana Chies reforçou que o Brasil possui um grande potencial de pesquisa e que era um dos países mais promissores na ciência até 2014. No entanto, investimento é essencial e vem sendo reduzido ano a ano. “Ciência se faz com gente. Nós temos alunos incríveis, mas atrair pessoal de fora é fundamental para evitar a endogenia acadêmica e para a internacionalização.” Entre as principais conclusões dos membros do grupo temático, foram destacadas duas questões: buscar compreender os motivos pelos quais alguns pesquisadores saem ou querem sair do país e quais as situações que os desestimulam no cenário docente nacional.

A reunião terminou com a apresentação de um convidado, o professor Jesús Mena Chalco, doutor em ciência da computação e professor da Universidade Federal do ABC (UFABC). Chalco apresentou a Plataforma Acácia, que estrutura a genealogia acadêmica brasileira, e a média Capes de interações na pós-graduação, que analisa quais áreas se cruzam no mestrado, doutorado e pós-doutorado. O professor também falou sobre a idade acadêmica – um tópico que gera muito debate entre os pesquisadores -, que conta a partir da primeira publicação assinada.

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