Publicado recentemente pela Sociedade Americana de Química, nos Estados Unidos, artigo elaborado com colaboração de pesquisadores da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) confirma a eficiência do óxido de nióbio em baterias elétricas automotivas. A parceria envolve o ganhador do Prêmio Nobel de Química 2019, Prof. John Goodenough, da Universidade do Texas, em Austin, que venceu pelo seu pioneirismo na descoberta das baterias de íons de lítio. O trabalho publicado também contou com a participação de pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra; das universidades de Northwestern, Princeton, UC Santa Barbara e Argonne National Lab, nos Estados Unidos; e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Toshiba, no Japão,

A adição do óxido de nióbionas baterias elétricas possibilita o carregamento ultrarrápido de um veículo, em menos de seis minutos. Para se ter uma ideia, uma bateria tradicional leva até oito horas para ser completamente carregada. A CBMM avança nas pesquisas sobre novas tecnologias, com o objetivo de oferecer soluções capazes de transformar a matriz energética mundial. A empresa investe, anualmente, cerca de R$ 200 milhões no Programa de Tecnologia, sendo R$ 60 milhões destinados ao Programa de Baterias.

“Esta iniciativa mostra a força do elo entre indústria e academia. A troca de experiências e conhecimentos resultam em desenvolvimentos que terão impacto efetivo na vida das pessoas em todo o mundo”, analisa João Fernando Gomes de Oliveira, membro titular da Academia Brasileira de Ciências e do Conselho de Administração da CBMM. “Além disso, essa conexão permite a construção de um ambiente totalmente inovador, no qual é possível tirar as descobertas do papel e aplicá-las de fato, oferecendo ao mercado alternativas transformadoras”, complementa.