Leia este artigo escrito pela Acadêmica Débora Foguel para a coluna Ciência e Matemática do Acadêmico Claudio Landim no jornal O Globo:

Na língua inglesa, utilizamos a acronímia STEM (Science, Technology, Engeneering and Mathematics) para designar as disciplinas afeitas às áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, áreas das ciências ditas “duras”. Fala-se também em carreiras e profissões STEM em oposição àquelas mais relacionadas às ciências humanas e sociais ou ciências “moles”.

O termo STEM foi cunhado em 2001 pela Dra Judith a Ramaley, diretora do NSF (National Science Foundation – EUA). Na época, alguns educadores americanos estavam preocupados em instituir um ensino de ciência mais contextualizado e criativo para os estudantes, buscando-se trazer problemas reais para dentro da sala de aula. A ideia era se ter um ensino baseado em problemas e projetos afeitos a cada uma dessas disciplinas, onde os alunos participariam ativamente da criação de soluções e até de produtos. Havia pouca preocupação com a forma ou beleza desses produtos, algo que o design incorporou posteriormente. Ou seja, as artes não estavam incluídas nesse conjunto de disciplinas ou profissões que demandavam interesse e preocupação por parte dos gestores e educadores daquele país.

Não consegui apurar exatamente quando e quem foi o visionário, mas em algum momento o termo STEM, muito questionado e criticado, passou a incluir a letra “A”, passando a STEAM. Esse “A” vem de Arts (Arte). Parecia claro para alguns educadores que, sem as artes e as humanidades, não se caminharia muito longe. Os defensores do STEAM acreditavam que a inclusão das Artes na formação dos cientistas e engenheiros aprimorava suas habilidades e imaginação para inovar e criar novos produtos mais belos e atraentes. Portanto, para alguns dos defensores do STEAM (felizmente, não para todos!!), as artes e as humanidades deveriam estar à serviço disciplinas “duras”, sem reconhecerem o valor genuíno e precípuo dessas disciplinas e desses conhecimentos. Dizer que as Artes são apenas importantes na formação de cientistas e engenheiros por esses motivos é muito triste e pequeno. As Artes não são cerejas de bolo… São banquetes completos! Artes e Humanidades são importantes para formação de cidadãos comprometidos com o seu tempo e espaço.

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