Leia a matéria de André de Souza para o jornal O Globo, publicada em 4/8:

Os brasileiros ainda verão uma segunda onda da covid-19 e terão que conviver com o vírus por pelo menos 12 meses, sem uma vacina disponível para a maior parte da população. A avaliação foi feita durante audiência desta terça-feira da comissão criada pela Câmara para acompanhar ações de combate à pandemia, da qual participaram especialistas e gestores. Na reunião realizada nesta terça-feira, alguns parlamentares também criticaram os vetos que o presidente Jair Bolsonaro têm feito a projetos aprovados pelo Congresso no esforço de combater a doença e seus efeitos econômicos.

Manoel Barral Netto, [membro titular da ABC] pesquisador da Fiocruz Bahia e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, avaliou que haverá um longo período de convivência com o vírus. Para ele, é preciso ampliar a testagem no Brasil, inclusive em pessoas sem sintomas que tiveram contato com quem teve a doença, para poder controlar efetivamente o vírus. O pesquisador afirmou que o país tem feito poucos testes. Segundo ele, nos países que controlaram efetivamente a doença, um de cada 20 testes dá positivo. No Brasil, é um de cada dois.

— Esse fator [testagem] considero que será muito importante para a etapa inclusive depois que a gente consiga um avanço na queda no número de casos. Esse vírus não vai desaparecer. Será muito otimismo imaginar que a gente vai ter uma vacina disponível para grande parte da população em menos de um ano. Então nós temos que conviver com esse vírus por pelo menos 12 a 18 meses ainda. Então essa é a mensagem. Não é uma questão só diminuir os casos agora. É diminuir o número de casos, de novos surtos após o controle dessa onda, que, no nosso caso, ainda vai demorar, porque ainda estamos com um patamar elevado de casos — disse o pesquisador.

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