A América Latina é uma das regiões mais urbanizadas do mundo e o número de pessoas vivendo em áreas urbanas aumenta cada vez mais. A previsão é de que, em 2030, 90% da população viva em cidades.

Embora as cidades ofereçam mais oportunidades financeiras e sejam mais produtivas economicamente, nesta região elas são muito estratificadas em função do status socioeconômico, que espelha a desigualdade dominante em todos os níveis, especialmente no acesso a serviços de saúde.

A população pobre, que inclui os migrantes, também é afetada pelo acesso limitado à água potável e à estrutura sanitária, e é exposta à baixa qualidade do ar e à violência. Vivem em áreas superpopulosas sem higiene, o que favorece as doenças infecciosas.

Assim, a pesquisa tem um papel chave em gerar dados para apoiar a formulação de políticas públicas baseadas em evidências para melhorar a saúde urbana e reduzir as desigualdades em saúde.

Esses foram alguns dos motivos para a organização do workshop Saúde Urbana na América Latina, promovido pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), Academia Nacional de Medicina (ANM) e a Academia de Ciências Médicas do Reino Unido (UKAMS, na sigla em inglês), no início de março de 2020.

Os coordenadores do evento foram o Acadêmico Paulo Saldiva, pelo lado brasileiro, e o Prof. Frank Kelly, pelo lado britânico. O Prof. Paulo Buss, ex-presidente da Fiocruz, foi membro do Comitê Diretor.

No dia 15 de julho, foram lançados o Relatório e o Sumário Executivo do evento.
Leia aqui a notícia original do lançamento e assista o vídeo, legendado em português.