Enquanto a China intensifica as medidas para controlar a transmissão do coronavírus de Wuhan, que causou a morte de 56 pessoas e infectou mais de 2.000 no país, a natureza do patógeno vai sendo melhor conhecida. As más notícias: a capacidade de contágio do vírus parece se tornar mais forte, como disse o ministro da Saúde, Ma Xiaowei, de modo que o número de infectados continuará crescendo por enquanto. As boas notícias: até agora os cientistas chineses não detectaram indícios claros de mutação (ainda que não o descartem no futuro). E já começaram a desenvolver uma vacina.

Em uma abarrotada entrevista coletiva no centro de Pequim, em que a imensa maioria dos jornalistas usava máscaras protetoras, o ministro reconheceu que o que se sabe do novo coronavírus 2019-nCoV ainda é muito limitado. Ao contrário do vírus causador da SARS, com o qual está aparentado, pode contaminar durante o período de incubação – de um a 14 dias –, durante o qual o portador ainda não apresenta sintomas. Outra diferença em relação à epidemia de 2003 que deixou quase 800 mortos em todo o mundo: à época, a infecção demorou de três a quatro meses para se transformar em epidemia. Dessa vez só precisou de um mês.

“Os seres humanos se adaptam aos vírus e ficam menos doentes. Eles também se adaptam a nós”, disse o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, Fu Gao, também presente na entrevista.

O diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças chinês, o Acadêmico George Fu Gao, em entrevista coletiva em Pequim.  Foto: Thomas Peter/Reuters

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De acordo com o presidente da ABC, Luiz Davidovich, o Acadêmico George Fu Gao está convidado para dar uma palestra sobre o tema na Reunião Magna da ABC, em maio.