Atribuído anualmente e alternadamente entre as contribuições para a investigação geral na área da visão (em anos pares) e contribuições para o alívio dos problemas de visão, fundamentalmente nos países em desenvolvimento (em anos ímpares), o Prêmio António Champalimaud de Visão elegeu três organizações brasileiras na edição de 2019: o Instituto da Visão – Ipepo, a Fundação Altino Ventura e o Serviço de Oftalmologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O prêmio é concedido pela Fundação Champalimaud, instituição portuguesa que faz investigação em áreas de ponta e tem como prioridade estimular descobertas que beneficiem as pessoas, bem como patrocinar novos padrões de conhecimento. Além disso, tem o apoio da “Visão 2020 – O Direito à Visão”, uma iniciativa global para a prevenção da cegueira lançada em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com a Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira.
O Ipepo, dirigido pelo Acadêmico Rubens Belfort Junior, foi eleito pois, com recurso às novas tecnologias e à telemedicina, prestou serviços de cirurgia às catarata, óculos gratuitos e consultas de oftalmologia, cobrindo uma população de mais de 2 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo e em áreas rurais remotas da Amazônia brasileira.
Nos últimos 30 anos, o instituto desenvolveu inúmeras iniciativas para a promoção da saúde ocular e para o combate à cegueira evitável em São Paulo e nas áreas rurais remotas e desassistidas da Amazônia brasileira. Só nos últimos 5 anos, foram realizadas cerca de 2 milhões de consultas oftalmológicas e mais de 100 mil cirurgias oculares em todo o território brasileiro. As iniciativas do Ipepo têm contribuído para melhorar a saúde ocular de milhões de pessoas nos estados brasileiros da Amazônia, Rio Grande do Sul, Recife, Salvador e Rio de Janeiro, podendo ser alargadas a outras áreas do Brasil e da América Latina como um modelo para a prevenção da cegueira.
