Engajado na representação estudantil desde os tempos da graduação, o físico Luiz Felipe Cavalcanti Pereira pensa que não basta só fazer pesquisa de excelência. Como novo membro afiliado da Regional Nordeste & Espírito Santo da ABC para o período de 2019 a 2023, o cientista quer aumentar a representatividade da ciência na sociedade brasileira, por meio da divulgação científica e da manifestação junto à classe política.

Nascido em Recife, Pernambuco, suas matérias favoritas na escola eram física, química, matemática e português. Ele conta que os exemplos que teve no ensin médio foram decisivos para sua opção pela física. Quando conheceu um professor e um doutorando do Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), não hesitou em ir conhecer o departamento pessoalmente, e de lá saiu decidido a ser um cientista.

Então, em 1999, iniciou o bacharelado em física na UFPE. No terceiro período do curso, começou a iniciação científica sob a orientação do professor Francisco George Brady Moreira, que depois viria a ser seu orientador também no mestrado, concluído em 2005.

Em 2007, ingressou no doutorado em física no Trinity College Dublin, na Irlanda, orientado pelo professor Mauro Santos Ferreira. Ainda fora do Brasil, em 2011, iniciou um estságio de pós-doutorado no Max-Planck-Institut fur Polymerforschung, na Alemanha.

Além dos seus orientadores, Pereira faz questão de citar dois outros nomes que serviram de inspiração para a sua carreira de físico: os professores M. Howard Lee e Sergio Rezende, membro titular da ABC.

“As aulas dele eram impecáveis, incluindo demonstrações simples mas muito claras dos fenômenos físicos estudados. Além de ser um grande professor, Sergio é também um pesquisador e gestor acadêmico de habilidades excepcionais”, declarou.

Hoje, como professor e pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Pereira atua na área de condução de calor em sistemas nanosópicos, aqueles com dimensões de alguns átomos. Seu grupo de pesquisa é encarregado de realizar cálculos computacionais avançados para simular, da maneira mais realista possível, as condições dos experimentos que são realizados em laboratório.

“As simulações não substituem os experimentos, mas fornecem informações complementares ao que pode ser medido em laboratório, permitindo a verificação de hipóteses e teorias que não poderiam ser testadas apenas com os experimentos”, explica.

É na física que encontra seu jeito particular de investigar como as coisas funcionam e porque funcionam daquela maneira. Na vida de Luiz Felipe Cavalcanti Pereira, a ciência é uma paixão.