No dia 21 de agosto de 2018, a Academia Brasileira de Ciências (ABC), juntamente com a Rede Interamericana de Academias de Ciências (IANAS, na sigla em inglês) e com a Representação da Academia Mundial de Ciências para a América Latina e Caribe  (TWAS-LACREP, na sigla em inglês), promoveu o Simpósio “Meninas na Ciência”, como parte do evento Promoting Gender Equity in Science.

O evento reuniu diversos cientistas, mulheres em sua grande maioria, que debateram o tema e divulgaram projetos voltados para a diminuição da segregação de gênero na ciência.

A cerimônia de abertura contou com a presença de Marcia Barbosa, diretora da ABC, João dos Anjos, diretor do Observatório Nacional, Anelise Pacheco, diretora do Museu de Astronomia e Ciências Afins e Juan Asenjo, diretor da IANAS.

Logo em seguida, foi realizada a primeira mesa-redonda com o tema “Mulheres na Ciência”. Integrando a mesa, estavam presentes Adriana Maria Tonini, representando o Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Sandra Unbehaum (Fundação Carlos Chagas), Kaká Verdade (Fundo Social Elas), Hugo Aguilaniu (Instituto Serrapilheira) e Concepta Mcmanus Pimentel, representando a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Durante as apresentações, as palestrantes compartilharam diversos dados e estatísticas que relatam a presença ainda pequena das mulheres nas ciências, especialmente na área de exatas. A engenheira civil Adriana Tonini apontou que este cenário surge ainda na infância e adolescência, quando as meninas já são impactadas por um contexto social segregador tanto na educação como na divisão do trabalho.

Kaká Verdade, cientista política e coordenadora executiva do Fundo Social Elas, relatou dados que comprovam a eficácia da equidade de gênero na economia global e compartilhou alguns dos projetos realizados no Fundo Elas que promovem o engajamento de meninas nas ciências exatas.

A socióloga Sandra Unbehaum também abordou o tema do ensino das ciências biológicas e exatas durante o ensino fundamental e médio. Unbehaum afirmou a importância de se perceber a discriminação de gênero em sala de aula, bem como no ambiente familiar, e superá-la para que este desafio não impeça meninas e mulheres de seguirem carreira científica.

A diretora de relações internacionais da Capes, Concepta Pimentel, também ressaltou o impacto da família e da escola na escolha da carreira feita pelos jovens e informou que a Capes também está trabalhando em iniciativas que incluam a participação de meninas na ciência.

Ainda na manhã do dia 21, deu-se início à sessão intitulada “Promovendo a Equidade de Gênero na Ciência: Experiências Brasileiras”, que foi dividida em três partes e se estendeu até o fim do simpósio. Nesta sessão, cientistas de todo o Brasil apresentaram projetos que promovem maior interesse e participação de meninas e mulheres em carreiras científicas.

Saiba mais sobre os projetos apresentados:

“Contando Nossa História”, “Engenheiras da Borborema” e “Tem Menina no Circuito”
“Meninas na Ciência”, “Energéticas” e “ProgrAmazonas”
“Meninas no Museu”, “Parent in Science”, “Ciências da Terra – ON” e “NINA”

Saiba mais sobre o evento “Promovendo Equidade de Gênero na Ciência”:

ABC recebe jovens cientistas das Américas para conferência em sua sede
Meninas na Ciência: Uma Aventura no Museu
Mulheres cientistas reunidas em evento no Rio de Janeiro
Promovendo a Equidade de Gênero na Ciência: A Visão das Jovens Cientistas
Meninas e Mulheres presentes na Ciência