Leia o artigo do Acadêmico Virgilio Almeida para o Valor Econômico, que fala sobre os conflitos dentro do ciberespaço, os reflexos fora dele e formas de lidar com estes ataques.

Os conflitos no ciberespaço são de múltiplas naturezas e tendem somente a proliferar. Têm sido usados para atacar infraestruturas críticas, desestabilizar redes de comunicação, paralisar serviços fundamentais, expor segredos de Estado e disseminar desinformação. É difícil detectá-los. É mais difícil ainda determinar quem são os verdadeiros responsáveis pelos ataques cibernéticos.

Há vários atores envolvidos nesses conflitos: desde Estados-nações, grupos terroristas, ativistas, facções políticas até organizações criminosas. E, em um mundo cada vez mais conectado, os conflitos cibernéticos só tendem a aumentar, por demandarem estruturas muito menores e mais baratas, quando comparadas às “máquinas de guerra” de conflitos tradicionais. O custo e os riscos de se espalhar bots, agentes de software e vírus são muitos menores, por exemplo, do que o custo de se atacar “fisicamente” uma instalação como uma estação de geração ou distribuição de energia.

Os conflitos e as diferentes formas de guerras cibernéticas trazem em si vários níveis de incerteza. Não existe uma distinção precisa entre ações ofensivas e defensivas. Não existem ainda normas ou tratados internacionais que limitem as ações de guerras cibernéticas ou suas consequências, como os acordos construídos para guerras convencionais. Ações de retaliação e punição a ataques cibernéticos ainda não são claras, devido principalmente a indefinições ligadas às noções de atribuição e proporcionalidade. É nesse nebuloso cenário que se deflagram os recentes conflitos envolvendo Estados Unidos e Rússia bem como outros países como China, Coreia do Norte, Irã, França e Alemanha.

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