Dez minutos por semana – se todos os cidadãos investirem esse tempo eliminando os focos que possam conter larvas do mosquito perto de si, a doença pode ser controlada. No âmbito da proposta Pronex-Dengue, “Desenvolvimento e Avaliação de Novas Tecnologias e Estratégias de Vigilância no Controle da Dengue”, a campanha proposta e coordenada pela Dra. Denise Valle, do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores, da Fiocruz, e pelo Dr. Marcos Sorgine, do Instituto de Bioquímica Médica, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem o intuito de combater a proliferação do mosquito da dengue.
Intitulado “10 minutos contra a dengue”, o projeto foi apoiado pelo CNPq e pela Faperj e replica iniciativa que foi decisiva para o controle de uma grande epidemia em Cingapura, entre os anos de 2004 e 2005. No Estado, o projeto foi apresentado à Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, que decidiu assumir a campanha.
A campanha será lançada no dia 26/03, de 9 às 11h,simultaneamente nas comunidades Chapeu Mangueira e Morro da Babilônia, e na orla da praia do Leme. Na praia, um estande com lupas e caixas com mosquitos será montado pelo Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz, e pelo projeto Pronex-Dengue (CNPq e Faperj). Estarão disponíveis pontos de acesso à internet, com a divulgação de um guia de checagem semanal do ambiente domiciliar, em forma de folder, que destaca 13 criadouros estratégicos, indicados por especialistas.
Será divulgado o HotSite da Dengue do Instituto Oswaldo Cruz, lançado recentemente. No Chapeu Mangueira e no Morro da Babilônia, funcionários do corpo dos bombeiros e agentes de saúde irão sensibilizar a população sobre o tema, assim como distribuir o guia de checagem. O evento contará também com a participação da equipe da Furacão 2000.

Dengue do tipo 4 já circula no Estado

De acordo com nota da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil, a dengue do tipo 4 chegou ao estado do Rio. Localizado em Niterói, o vírus foi identificado por meio de exames laboratoriais realizados pela Fiocruz. Duas irmãs, de 21 e 22 anos, contraíram a doença durante o carnaval e já passam bem. Como não viajaram, é provável que tenham sido infectadas dentro do próprio Estado.

Segundo especialistas, o problema da chegada do novo tipo do vírus é que toda a população está vulnerável a ele, o que poderia causar uma grande epidemia. A Secretaria de Saúde informou que os sintomas não diferem da dengue do tipo 1, 2 e 3 e que as recomendações médicas de tratamento permanecem as mesmas.