A Academia Brasileira de Ciências promoveu o 2º Simpósio Indo-Brasileiro de Tecnologia dos Materiais (Indo-Brazilian Symposium on Advanced Materials), como parte do acordo de cooperação firmado entre Brasil-Índia no campo da Ciência e Tecnologia.

O workshop sobre materiais e nanotecnologia ocorreu no Windsor Barra Hotel, nos dias 19 e 20 de setembro, sob a coordenação do Acadêmico Fernando Galembeck, professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Este foi um evento satélite da International Conference on Advanced Materials (ICAM 2009), da International Union of Materials Research Society (IUMRS).

Os assuntos das palestras apresentados foram dispostos de modo correlacionado, facilitando a formação de novas parcerias entre os pesquisadores dos dois países em projetos futuros. Segundo Galembeck, todas as apresentações mostraram rápidos e sólidos progressos am Nanotecnologia. “Fizemos uma reunião há dois anos na Índia e pudemos observar uma evolução muito grande nos trabalhos daquele momento para esse”, relata.


Prof. S. Sivaram, F. Galembeck e A.K. Sood

As palestras contaram com a presença de cientistas de referência da Índia – como os pesquisadores S. Sivaram e A.K. Sood, na foto – e de Acadêmicos brasileiros (veja o programa), assim como de jovens cientistas, convidados a participar do evento. O objetivo foi promover uma interação de experiências, assim como a inserção dos jovens pesquisadores no projeto de cooperação Brasil-Índia. De acordo com Galembeck, “o intercâmbio de informações e tecnologias é frutífero para todos, mas para esses jovens cientistas brasileiros a troca de ideias e a percepção de oportunidades é especialmente estimulante.”

Para Galembeck, a maior dificuldade em estabelecer colaborações que envolvam a Índia e o Brasil são as diferenças culturais.”É mais fácil encontrar um estudante que queira ir para Estados Unidos ou França do que para a Índia. As diferenças culturais e a distância são fatores que influenciam na motivação, pois tornam a adaptação mais difícil. Mas estamos fazendo força para vencer essas barreiras, é importante vencer essas dificuldades”.

Em sua avaliação final, Galembeck afirmou que as reuniões foram muito interessantes, com apresentações excelentes, nas fronteiras da Nanotecnologia. “Estamos fazendo o mais importante, que é criar as oportunidades de contacto e intercâmbio. Agora, tudo depende das iniciativas das pessoas”, conclui.