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Dora Selma Fix Ventura

Dora Selma Fix Ventura formou-se em Psicologia pela Universidade de São Paulo em 1961, numa época de grande ebulição intelectual na antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Sua vocação para a pesquisa manifestou-se já durante o curso de graduação no qual, estimulada por Fred S. Keller, Professor Visitante da Columbia University, trabalhou na área de condicionamento e aprendizagem, e decidiu realizar pós-graduação no Experimental Psychology Department da Columbia University. Naquela instituição obteve o M.A. (1964) e o Ph.D. (1968) em Psicofísica e Fisiologia do Sistema Visual. De volta ao Brasil, montou e dirige até o presente o Laboratório de Psicofisiologia Sensorial, no Instituto de Psicologia da USP. Utilizando modelos invertebrados para o estudo de mecanismos visuais, o laboratório dedicou-se inicialmente a estudar a resposta de fototaxia negativa em camarão de rio, migração de pigmentos na retina, estudos comportamentais de discriminação visual. Datam também desta época os estudos sobre os efeitos farmacológicos no processamento sensorial. Em seguida iniciou linha de trabalhos com eletrorretinograma do olho composto de inseto o que proporcionou um relato em grande detalhe do fenômeno ainda pouco conhecido de facilitação retiniana, seguidamente citado na literatura dado seu caráter inovador, e a formulação de conclusões que foram confirmadas dez anos mais tarde em trabalhos bioquímicos de transdução visual. Desde 1983 mantém intercâmbio com o grupo de Neurobiologia da Universidade Livre de Berlim para o estudo comparativo de visão de cores em abelhas. Dentro desse projeto passou a trabalhar com métodos neuroanatômicos de microscopia óptica e eletrônica para a marcação de neurônios fisiologicamente identificados do sistema visual. Descobriu recentemente a existência de ilusão de formas em insetos (abelhas tropicais sem ferrão), resultado que sugere o caráter básico e geral desta capacidade, provavelmente fundamental para a visão de formas. A partir de 1991 estendeu os estudos comportamentais para aves, principalmente o beija-flor, no qual constatou pela primeira vez capacidade de discriminar cor no ultravioleta, e os estudos eletrofisiológicos para a retina de tartarugas, também com o objetivo de estudar visão no ultravioleta. Nesta última atividade tem tido intercâmbio internacional com dois grupos americanos e um japonês. Nos últimos anos tem dedicado parte de seu tempo à pesquisa na área de Psicofísica Clínica, na qual orientou estudo populacional normativo sobre desenvolvimento da acuidade visual em crianças. Como orientadora de três programas de pós-graduação formou 33 Mestres e 22 Doutores, que hoje se dedicam à vida universitária. É Professora Titular e atual Vice-Diretora do Instituto de Psicologia da USP, e foi Chefe de Departamento de Psicologia Experimental por duas vezes, tendo sempre tido intensa participação na vida da Universidade e da comunidade científica de sua área. Participou nos últimos três anos do Comitê Assessor de Psicologia do CNPq, foi Presidente da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (1990-1993) e é desde agosto de 1995 Presidente da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FESBE).

Edson Xavier Albuquerque

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco(1959), doutorado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco(1962) e pós-doutorado pela Lund University(1967). Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Professor da University of Maryland Baltimore. Tem experiência na área de Farmacologia, com ênfase em Neuropsicofarmacologia. Atuando principalmente nos seguintes temas:reflexo espinhal, formação reticular, mesencéfalo.

Eduardo Moacyr Krieger

“O cientista tem obrigação social de trabalhar para fazer com que a ciência se reverta em benefício para a sociedade”, acredita Eduardo Moacyr Krieger, que se graduou em medicina (1953) na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e possui doutorado em fisiologia cardiovascular (1959) pela Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto. Em 1962, obteve a Livre-docência também pela USP. Foi pioneiro no uso do rato como modelo para estudos de regulação da pressão arterial no sono e no exercício e também no registro da atividade simpática em condições fisiológicas. Além disso, também descreveu, no rato, um método de desnervação sinoaórtica que é empregado universalmente. É amplamente conhecido no meio acadêmico por seus estudos sobre adaptação dos pressorreceptores na hipertensão e na hipotensão. Dentre os reconhecimentos de sua importância acadêmica, destacam-se: Ordem Nacional do Mérito Científico (1994), concedido pela Presidência da República; Prêmio de Life Achievement (1997), concedido pela Sociedade Interamericana de Hipertensão (IASH, na sigla em inglês); Professor Emérito da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (1998); Homenageado com o Prêmio BIOLAB pela vida dedicada à pesquisa (2004); Homenagem pelos 20 anos criação da FESBE, Federação de Sociedades de Biologia Experimental (2005); e Troféu Jorge Pinto Ribeiro (2017), concedido pelo Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Eduardo Moacyr ocupou o cargo de Vice-Presidente da ABC entre 1991 e 1993 e de Presidente entre 1993 e 2004. Além de sua participação na Academia, ele também possui associações com a Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp), a Sociedade Brasileira de Fisiologia (SBFis), a Associação Brasileira de Divulgação Científica (ABRADIC), a Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FESBE), a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), a Academia Mundial de Ciências (TWAS, na sigla em inglês) e com a Academia Nacional de Medicina (ANM). Sobre seu trabalho, o Acadêmico afirma: “O esforço que tenho feito hoje é o de entender a medicina com foco na prevenção. E a prevenção é educação. ”

Eduardo Oswaldo Cruz

Inicia seus estudos no Colégio Padre Antonio Vieira, no Rio de Janeiro. Ingressa em 1954 na então Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil e imediatamente começa a freqüentar laboratórios de cadeiras básicas. Inicialmente fica associado à Cátedra de Histologia participando sob a orientação do Professor Bruno Alípio Lobo das atividades de ensino e pesquisa, colaborando na tradução do livro de texto publicado por Arthur W. Ham, e contribuindo na publicação do livro Embriologia Humana de autoria do Prof. Bruno Lobo. Ainda no primeiro ano de escola inicia atividade como monitor na Cátedra de Fisiologia sob a orientação do Prof. Thales César Martins, dedicando-se principalmente ao preparo de demonstrações e aulas práticas auxiliando os Professores Arnoldo Flávio da Rocha e Silva e Mario Vianna Dias. Com este último inicia igualmente trabalho experimental no setor de Neurofisiologia do Instituto de Neurologia da Universidade do Brasil. Com a vinda de Mme. Denise Albe-Fessard para o Instituto de Biofísica colabora em projeto desenvolvido em colaboração com Carlos Eduardo da Rocha Miranda resultando deste projeto sua primeira comunicação apresentada em 1956 à Academia, como comunicação e mais tarde em trabalho completo. A partir desta data transfere-se definitivamente para o Instituto de Biofísica. Convidado por Mme. Fessard viaja para Paris estagiando no Instituto Marey durante o inverno deste ano. Acompanhado por C. Rocha Miranda repete esta atividade no ano seguinte. O desenvolvimento de projetos associados prossegue até 1961, quando após defender tese de doutoramento viaja para o USA onde, sob a orientação do Prof. Vernon B. Mountcastle efetua com bolsa do National Institutes of Health estágio de pós-doutoramento no Department of Physiology da Johns Hopkins University em Baltimore, Maryland. Retornado ao país em 1963 inicia, com apoio de auxílio à pesquisa concedido pelo National Institutes of Health, longo projeto de pesquisa empregando marsupiais visando o estudo do sistema extrapiramidal nestes mamíferos primitivos. Além de vários trabalhos o projeto resulta na publicação de um Atlas Estereotáxico para o Didelphis marsupialis. Além das atividades de pesquisa desenvolvidas no Instituto de Biofísica da UFRJ, associa-se a outros pesquisadores criando o laboratório de Neurofisiologia do Departamento de Biologia da Universidade de Brasília. Mais recentemente é responsável pela criação de outro grupo de pesquisa em Neurofisiologia, implantado no Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará, laboratório este que leva seu nome.
Em 1982 assume a direção da Casa do Brasil em Londres e com o suporte do CNPq inicia projeto de apoio aos bolsistas brasileiros no Reino Unido. Passa a freqüentar a “Vision Research Unit” do “Rayne Institute”, sendo indicado como “Visiting Professor” da “Saint Thomas Hospital Medical School”.
Além de sua atividade em pesquisa participa também na administração de ciência e ministra cursos no país e no exterior. Indicado no primeiro grupo de Pesquisadores Conferencistas do CNPq e, mais tarde, como pesquisador 1A desta mesma entidade, serviu como membro de Comitê Assessor do CNPq. Na Academia Brasileira de Ciências colaborou com o Prof. A.A.P. Leão na implantação das bolsas Fogarty, nos convênios com a Japan Society e com a Royal Society. Foi Secretário-Geral e atualmente (1995) representa esta Academia no Reino Unido.

Eduardo Penna Franca

PRINCIPAIS CAMPOS DE ATIVIDADE: Científico: Radioatividade Ambiental, aplicações de radioisótopos em Biologia e Medicina, levantamentos ambientais de instalações nucleares, Radioecologia, Radiobiologia. Didático: Física das radiações, metodologia de radioisótopos, Radioquímica. Administrativo: Administração de instituições científicas, avaliação de projetos de pesquisa, gerenciamento de projetos de pesquisas multinacionais. PRINCIPAIS TRABALHOS EM ÁREAS CORRELATAS: Para CNEN e Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos – Levantamento radioecológico das regiões brasileiras de elevada radioatividade natural (1964/1975). Para FURNAS Centrais Elétricas S.A. – Medidas in situ das taxas de dose de exposição por radiação ambiental natural e artificial na região de Angra dos Reis (1973). – Análise e diagnóstico dos dados disponíveis do levantamento pré-operacional do reator nuclear de Itaorna visando a determinação do grupo crítico de população e a cadeia alimentar crítica (1974). – Complementação de estudos socio-econômicos na região de Angra dos Reis (1975). – Complementação de estudos oceanográficos: circulação de água e anomalia térmica (1975/1976). – Complementação de medidas de laboratório: retenção de radionuclídeos em sedimentos marinhos (1975/1976). – Determinação do grupo crítico de população e do caminho crítico na cadeia alimentar (1976). – Planejamento do programa de monitoração ambiental pré-operacional e operacional da Unidade 1 do CNAAA (1976). – Seleção de equipamento e “lay-out” do Laboratório de Controle Ambiental do CNAAA (1976/1977). Para a CNEN: – Estudo do comportamento da 226Ra e 210Pb no ambiente aquático e terrestre na região de mina de urânio de Poços de Caldas (1977/1978; 1982/1985). Projetos Multinacionais: – Gerente no Brasil do Projeto Morro do Ferro: tório e urânio e terras raras como análogos químicos de transuranianos – USA e Brasil (1979/1986). – Gerente no Brasil do Projeto Poços de Caldas: transporte de urânio na geosfera como análogo de um repositório de rejeitos radioativos – Suécia, Suíça, Inglaterra, USA e Brasil (1986/1990). Publicações: 92 artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais.

Egler Chiari

Egler Chiari nasceu em Belo Horizonte em 7 de fevereiro de 1934, filho de Ervald Chiari e Cecília Chiari. Concluiu o curso secundário no Colégio Marconi, em 1960 ingressou à Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, graduando-se em 1963. Desde os cursos secundários e de graduação trabalhou com o Professor Zigman Brener, inicialmente como técnico de laboratório e, posteriormente na condição de colaborador.
Com o Prof. Brener publicou vários trabalhos sobre polimorfismo de formas sanguíneas do Trypanosoma cruzi, diferenças de susceptibilidade de várias cepas desse parasito a agentes quimioterápicos e também demonstrou a viabilidade do uso da técnica de hemocultura associada ou não ao xenodiagnóstico para comprovação da fase crônica da doença de Chagas humana. Demonstramos ainda a impossibilidade concreta de utilizar cepas do T. cruzi ditas “atenuadas” como vacina viva. Estudamos paralelamente a diferenciação biológica do T. cruzi em meio acelular.
Realizou estágio no NCDC/Atlanta, GA, USA, com bolsa da OMS, 1968 e um Curso Avançado de Protozoologia na Universidade de Brasília/CNPq, com professores brasileiros e estrangeiros, Brasília, DF, 1970. Nos anos 70, continuando nosso trabalho de pesquisa já independente no Departamento de Parasitologia, Instituto de Ciências Biológicas (ICB) UFMG, investimos intensamente no desenvolvimento e modificação da técnica de hemocultura visando um melhor diagnóstico parasitológico da infecção pelo T. cruzi em indivíduos na fase crônica.
Na década de 80, continuamos os trabalhos sobre biologia do T. cruzi in vivo e in vitro e estabelecemos pela primeira vez a possibilidade de clonar este parasito, abrindo novas perspectivas para a realização de trabalhos futuros sobre biologia celular e molecular como, a caracterização por zimodemas e esquizodemas de cepas e clones do T. cruzi.
Nos anos 90, publicamos uma série de trabalhos sobre caracterização e diagnóstico diferencial em nível molecular do T. cruzi e T. rangeli. Ainda nesta década, continuamos os trabalhos sobre biologia celular e molecular do T. cruzi, e em quimioprofilaxia experimental em busca de compostos com atividade tripanosomicida para sua aplicação em bancos de sangue. Atualmente vem trabalhando na linha de pesquisa “Padronização de métodos moleculares de diagnóstico e critério de cura da doença de Chagas humana”.
A contribuição científica do Professor está demonstrada em 142 trabalhos científicos publicados em periódicos indexados e de impacto e ainda seis capítulos sobre T. cruzi e doença de Chagas em diferentes livros editados no Brasil e no exterior.
Como, Professor Titular da UFMG aposentado em 1992 vem exercendo atividades didática e científica no Departamento de Parasitologia, ICB junto ao Programa de Pós-graduação em Parasitologia. Ao longo de sua carreira profissional, o Professor contribuiu para o ensino da Parasitologia nos diferentes de cursos de Graduação e Pós-Graduação na UFMG orientando várias dissertações de mestrado, teses de doutorado e supervisão de pós-doutorado. Participou também de diferentes congressos e reuniões científicas nacionais e internacionais e, de inúmeras bancas examinadoras de dissertações, teses e concursos públicos.

Eliane Volchan

Eliane Volchan iniciou sua carreira científica no Instituto de Biofísica em 1971 como estagiária de iniciação científica, quando cursava o primeiro ano do Curso Médico da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Logo nos primeiros anos, trabalhando no Laboratório de Neurobiologia II, na equipe do Prof. Carlos Eduardo da Rocha-Miranda, tornou-se co-autora de trabalhos plenos sobre o processamento cortical e subcortical da informação visual. Verificando que o modelo adotado no Laboratório, o marsupial Didelphis marsupialis aurita, carecia de informações sobre a correlação do campo visual do animal com a sua representação no cérebro, desde o início de sua carreira, Volchan preocupou-se em fazer um estudo minucioso desse problema. Isso compreendia uma análise que envolvia soluções de problemas de geometria espacial e de fisiologia e anatomia comparadas. Esses estudos integraram teses, uma de mestrado em 1980 e outra de doutorado em 1986, sobre visuotopia, fator de magnificação e correlações anátomo-fisiológicas de representação do meridiano vertical no colículo superior e no córtex visual primário dessa espécie. As soluções propostas nesses primeiros trabalhos tornaram-se a viga mestre das investigações no sistema visual desse modelo para diversas linhas de pesquisa do Departamento de Neurobiologia daquele Instituto.
Em seu pós-doutorado na Rockefeller University (Nova York, Estados Unidos), onde colaborou com o Prof. Charles Gilbert em estudo sobre mecanismos de dinâmica de campos receptores visuais, conseguiu demonstrar, pela existência de transferência interocular, que o preenchimento de escotomas artificiais era um fenômeno intrínseco ao córtex visual.
Atualmente vem desenvolvendo, com seus estudantes de doutorado, pesquisas sobre as bases neurais do reflexo optocinético, reação fundamental para a estabilização da imagem na retina de vertebrados, que já produziu duas teses de mestrado e uma de doutorado sob sua orientação e oito artigos em revistas indexadas. Essas pesquisas deram lugar ao intercâmbio científico com o Prof. Klaus Peter Hoffmann, da Ruhr Universität em Bochum, Alemanha.
Recentemente, iniciou uma nova linha de pesquisa, sobre a distribuição de neurônios nitridérgicos no neocórtex de marsupiais e roedores, que resultou em dois artigos e constitui o trabalho de uma tese de doutorado sob sua orientação. Essa linha já se constitui em profícuo intercâmbio científico, patrocinado pelo CNPq, com o Prof. Jon Kaas, da Vanderbilt University (Nashville, Estados Unidos).
Desde 1991, quando da aposentadoria do Chefe do Laboratório, tornou-se responsável pelo Laboratório de Neurobiologia II, onde dirige uma equipe com quatro estudantes de doutorado, três de aperfeiçoamento, oito de iniciação científica e dois técnicos. Como Professora Adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro, exerce, além das atividades de pesquisa, atividades de ensino de Neurobiologia junto aos cursos de graduação da área Biomédica e ao curso de pós-graduação do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho.

Eline Sant’Anna Prado

Graduada em Química pela Universidade de São Paulo, iniciou sua carreira na Laborterápica SA Indústria Química e Farmacêutica. No período de 1943 a 1946, sua realização mais relevante foi o estabelecimento da tecnologia para fabricação de insulina cristalizada e lançamento da primeira insulina nacional para fins terapêuticos. Contando com a compreensão e apoio financeiro da Laborterápica foi, de 1946 a 1948, estudante de pós-graduação da McGill University, Montreal, Canadá, tendo obtido o título de “Master of Science” com tese na área de química de esteróides. De volta ao Brasil iniciou desenvolvimento de processo para extração de colesterol do cérebro e síntese da vitamina D3. Entretanto este projeto teve que ser abandonado pois a associação da Laborterapica com a companhia americana Bristol, resultou em interesse limitado à área de antibióticos. Durante sua permanência na Laborterápica manteve colaboração científica com seu marido, J. Leal Prado, professor de Bioquímica na Escola Paulista de Medicina e pesquisador de Instituto Butantan e com Maurício Rocha e Silva, pesquisador do Instituto Biológico. O desejo de dedicar-se à investigação científica levou-a a aceitar em 1951 a posição de Assistente de Bioquímica na EPM, reiniciando colaboração científica com J. Leal Prado, colaboração que perdurou até seu falecimento em 1987. As linhas de pesquisa de ambos abrangeram o sistema hipertensor renal e o sistema calicreínas-cininas. Nos últimos anos tem centralizado suas pesquisas na área da enzimologia das calicreínas tissulares. Teve na EPM atividade docente no curso médico e participação ativa na implantação do curso biomédico, sendo responsável pela disciplina de Bioquímica. Ministrou vários cursos de pós-graduação na área de Química de Proteínas, para alunos da EPM e de outras instituições, tendo orientado várias teses de mestrado e doutorado. Apesar de não ter tido na ocasião oportuna a possibilidade de doutoramento, pelo fato da EPM estar credenciada apenas para doutoramento em Medicina, atingiu em 1981 por concurso de títulos, a posição de Professora Titular. Em 1983 requereu sua aposentadoria, visando abrir a possibilidade da instituição receber elemento mais jovem e promissor no seu quadro de professores. Entretanto continua exercendo até a presente data atividades de pesquisa na EPM, contando com o apoio do CNPq e da FAPESP.

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