Leia matéria de Rayane Macedo para o G1-São Paulo, publicada em 16 de fevereiro: 

Não basta as penas coloridas e os movimentos corporais, machos de aves-do-paraíso possuem uma outra tática para atrair fêmeas: eles são biofluorescentes. É o que aponta uma pesquisa recente da revista “Royal Society Open Science”.

Em espécies de peixes, anfíbios, fungos e até de mamíferos já foi observada a presença desse fenômeno. Os cientistas acreditam que essa capacidade pode ter diferentes funções na natureza, como comunicação, camuflagem ou até atração de parceiros.

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A biofluorescência é visível para os humanos?

Sim! Mas, para os humanos enxergarem de forma efetiva são necessários outros aspectos como a intensidade da cor, o contraste com cores escuras ou a luz do ambiente.

“Quando a cor é muito intensa, como em alguns cogumelos, é possível ver a olho nu. Mas isso é muito difícil de ser visualizado na maioria das vezes”, informa Norberto Peporine Lopes, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP de Ribeirão Preto e membro da Academia Brasileira de Ciências.

Lopes participou do grupo de pesquisa que descobriu, pela primeira vez, a bioflurescência nos anfíbios (grupo de animais vertebrados como sapos, rãs e perecas). Ele explica que em áreas de floresta e com pouca luz era muito difícil enxergar o brilho fluorescente dos animais. Isso só era possível quando ele utilizava uma lanterna ou quando o bicho tinha uma cor muito intensa.

No caso das aves, elas não necessitam de muitos fatores para conseguirem enxergar as cores biofluorescentes. Isso acontece porque elas possuem uma visão mais aguçada, capaz de ver até ondas de luz em comprimentos altos, como na faixa azul ou ultravioleta (UV).

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