*Texto original do Poder 360

Transcorridos 34 anos desde o 1º relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima), publicado em 1990, e depois de 29 COPs (Conferências das Partes), reuniões anuais organizadas pela ONU (Organização das Nações Unidas) para definir e implementar ações globais de enfrentamento da crise climática, o mundo continua lançando quantidades crescentes de carbono na atmosfera. Um novo recorde, de 57,1 gigatoneladas de CO2e (CO2 equivalente), foi registrado em 2023, um aumento de 1,3% em relação ao ano anterior.

A meta do Acordo de Paris, de 2015, de limitar até o fim deste século (2100) o aumento da temperatura média global abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, com esforços para restringir esse aumento a 1,5°C, parece hoje um objetivo utópico. Ainda mais agora que os Estados Unidos, 2º maior emissor de carbono mundial, se retiraram do Acordo de Paris pela 2ª vez.

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Segundo o físico Paulo Artaxo, a redução das emissões deve ser o principal objetivo no momento –e não pode ser ofuscado por outros temas, também importantes, mas secundários, nem escanteado com tergiversações. Para dizer de maneira breve e clara: é preciso cortar drasticamente a quantidade de carbono lançada na atmosfera e, para isso, parar de queimar combustível fóssil.

O IPCC fez projeções da temperatura futura. Indo na trajetória atual, teremos um aumento de 4,3°C. Em um cenário no qual o Acordo de Paris seja implementado como está sendo implementado agora, ou seja, mais ou menos, o aumento será de 3,7°C. A implementação rigorosa dará um aumento da ordem de 2,8°C”, disse. E enfatizou que a maior parte da descarga anual (57,1 gigatoneladas de CO2e) na atmosfera decorre, de longe, da queima de combustíveis fósseis.

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