*Texto original publicado no O Globo.
O aumento dos casos de suicídio é a ponta trágica do iceberg da crise na saúde mental no Brasil, afirma o psiquiatra Flávio Kapczinski, pró-reitor de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Kapczinski integra o grupo mundial que está redefinindo a bipolaridade e diz que a nova visão é a de uma doença crônica e progressiva. Mas, se tratada correta e preferencialmente desde a juventude, o paciente pode ter uma vida normal. O mesmo ocorre com a depressão e a esquizofrenia.
Kapczinski também coordena, com a Fiocruz, o primeiro censo brasileiro de saúde mental. O objetivo é revelar o tamanho e a composição do iceberg e, com isso, dar subsídios para melhorar o atendimento aos pacientes.
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