O ano que está se encerrado foi muito bom para os Anais da Academia Brasileira de Ciências (AABC) – a única revista multidisciplinar editada no Brasil! O fato mais importante que sustenta essa afirmação é que conseguimos, depois de muito trabalho, zerar a fila de artigos que aguardavam publicação. Esse “backlog” de manuscritos aceitos, mas que demoravam a sair, se devia não apenas a questões orçamentárias, mas estava, também, atrelado à falta de recursos humanos. Porém, agora estamos com tudo resolvido e empenhados em conseguir publicar artigos com mais agilidade.
Entre os maiores desafios da revista, a questão financeira continua sendo o principal. Recebemos um apoio para 2025 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que aportou recursos para a edição da revista. No que pese que foi um dos maiores valores aportados para revistas cientificas, o montante está bem mais baixo do que a revista recebeu em outros anos. Desta forma, para que não tenhamos que diminuir o número de artigos publicados, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) terá que custear a maior parte das despesas. Nestes últimos anos publicamos anualmente sete fascículos, o que deverá se repetir em 2025.
Falando nos fascículos, gostaria de chamar a atenção para o terceiro volume publicado sobre a pesquisa antártica (96 Suplemento 2) – está muito interessante! Para o ano que entra, novos fascículos especiais estão sendo planejados com temáticas variadas. Um destes é dedicado a contribuições dos membros afiliados da ABC, e será o segundo do gênero. Com certeza, teremos um bom retorno, como foi o primeiro, publicado em 2019 (91 Suplemento 1).
Outro ponto de atenção é a mudança de avaliação da produção científica que será implementada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) – agência do governo que avalia os programas de pós-graduação do país. Como tem sido divulgado, haverá uma maior ênfase nos artigos em si e menos nas revistas nos quais estes são publicados. Com certeza haverá a necessidade de adaptação e mudanças nas diretrizes e ações em diversos periódicos científicos brasileiros. Não será diferente para os AABC, que terão que se adaptar a uma nova realidade. Importante destacar que a maior parcela de submissões de manuscritos na nossa revista é proveniente de pesquisadores que atuam nas universidades brasileiras, para os quais a avaliação da CAPES é fundamental.
Ainda sobre 2024, ficamos com sentimentos divididos com relação a aposentadoria da nossa querida assistente editorial, Maria Lucia Paixão, que por décadas atuou na revista. Se por um lado estamos tristes de perder o convívio com uma pessoa muito bacana, sempre disposta a ajudar e orientar a todos que passaram pelo periódico, por outro, ficamos felizes em saber que Maria Lucia vai poder descansar um pouco e fazer outras atividades com a família.
Também vale a pena registrar a contratação de Maria Eduarda Caffaro como nova assistente editorial que, juntamente com Daniel e os estagiários Yasmim e Fellipe, se une à equipe que toca a edição da revista.
Outro ponto importante são as conversas com a diretoria da ABC sobre melhorias para o primeiro centenário dos AABC, a ser completado em 2029. Nunca é demais relembrar que estamos falando do periódico científico de circulação contínua mais antigo do Brasil, uma marca que merece destaque.
Neste final de ano gostaria de agradecer a todos – estagiários, assistentes editoriais, editores (somos 91 – devendo chegar a 100 muito em breve!), revisores e, sobretudo, aos autores por enviarem os seus artigos. Almejamos receber ainda mais manuscritos com estudos relevantes em 2025 e contamos com a comunidade acadêmica para tal!
Boas festas!