O número de novos títulos de mestrado e doutorado concedidos anualmente no país vinha crescendo, mas a partir de 2020, pela primeira vez, essa trajetória foi interrompida. Foram formados 70 mil mestres e 24,4 mil doutores em 2019. Em 2021 esses totais caíram para 59 mil mestres e 20 mil doutores. É o que mostra o levantamento “Brasil: Mestres e Doutores 2024”, feito pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Segundo especialistas da comunidade científica, a partir de 2023 surgiram sinais de leve retomada, ainda com desafios.

A pandemia de covid-19, com medidas de isolamento, prejudicou a formação e a produção científica no Brasil e no mundo. “O efeito foi negativo principalmente nas áreas experimentais. Em muitos casos, houve prorrogação dos prazos de entrega dos projetos e um tempo maior até obtenção dos títulos”, avalia Fernando Rizzo, presidente do CGEE. Somado a isso, o cenário de redução do apoio à ciência e aperto na oferta de bolsas era desestimulante. “As bolsas ficaram muito tempo sem reajustes e teve o contingenciamento do FNDCT [Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], que depois foi derrubado”, comenta Rizzo.

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