A Academia Brasileira de Ciências e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência manifestam sua estranheza e expressam seu protesto ante as notícias de que o Governo pretenderia reduzir recursos do FNDCT.
Em reação imediata à notícia de que a equipe econômica do governo estaria pensando em incluir em seu pacote de cortes de gastos uma alteração na Constituição para acabar com a obrigatoriedade de financiamento dos fundos constitucionais, incluindo o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), a comunidade científica divulgou nota assinada por mais de 40 entidades repudiando a intenção de mexer no FNDTC.
Em entrevista ao HP, a presidente da Academia Brasileira de Ciência, professora Helena Nader, afirmou neste sábado (2) que o Brasil estará cometendo um erro grave se decidir reduzir os recursos para a ciência e tecnologia. “Não acho que isso é apenas um boato”, disse a professora, informando que já há uma mobilização de toda a comunidade para impedir que se reduza os recursos do FNDCT.
Para Helena Nader, “é triste ver uma proposta como esta vinda de um governo que não se mostrou contrário à ciência”. “O país está perdendo uma grande oportunidade para investir em ciência,. Tecnologia e inovação”. “Estamos na contramão dos países desenvolvidos. Vencemos a dicotomia entre pesquisa e indústria e, agora, não podemos pensar em reduzir os recursos para o setor, que já são muito poucos”, alertou a professora, que assinou manifesto junto com o presidente da SBPC protestando contra a ameaça de cortes de verbas.
A indústria, um dos setores que também seriam fortemente atingidos em caso de cortes dos recursos do FNDCT, que são gerenciados pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, se manifestou estranheza com a notícia, que foi caracterizada como “sandice”.
O diretor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi, afirmou em entrevista ao HP, na sexta-feira (1) que o país “não deve reprimir os investimentos em Educação”. “ A grande diferença entre os países desenvolvidos e os países atrasados é que na crise, os países que já investem muito, ampliam a aposta em inovação e ciência”, disse Lucchesi.
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