*Artigo do Acadêmico Fernando Rizzo, originalmente publicado no Correio Braziliense
Há bons ventos soprando para a ciência no Brasil. Nos últimos anos, apesar dos desafios orçamentários, a produção científica ganhou protagonismo. Nos momentos mais difíceis, centenas de pesquisadores resistiram a deixar seus sonhos para trás e lutaram por seus laboratórios. A resistência deu frutos. Um relatório de 2023 da agência Bori, em parceria com a Elsevier, mostrou que o impacto da produção científica brasileira, de 1996 a 2022, cresceu 21%. Isso significa que ganhamos relevância: trata-se de um indicador internacional sobre quantas vezes um artigo científico brasileiro foi citado no lugar de outro da mesma área de conhecimento.
O impulso às pesquisas também deve muito ao reconhecimento da importância da atividade pelo brasileiro comum. Em tempos de fake news, vale destacar que, contra tudo e todos, a população acredita mais do que nunca no poder transformador da ciência. Quem duvida precisa conhecer os dados da pesquisa Percepção pública da ciência e tecnologia no Brasil 2023, encomendada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e conduzida pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE): 60% dos brasileiros têm interesse por ciência e 75% acreditam que os governantes devem seguir a orientação dos cientistas para resolver os problemas nacionais.
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