*Texto original publicado no Jornal da USP

Foi-se o tempo em que a participação da comunidade acadêmica na comunicação da ciência se limitava a dar entrevistas e publicar artigos em revistas especializadas. Diante da pandemia de desinformação que se propaga pelas mídias digitais atualmente, é imprescindível que pesquisadores, universidades e outras instituições de ensino se engajem ativamente na produção e na comunicação de informações científicas de qualidade para a sociedade.

Essa é uma das conclusões do livro Desafios e estratégias na luta contra a desinformação científica, produzido por um grupo de trabalho da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e lançado nesta quinta-feira, 20 de junho.

“A divulgação científica deve ser considerada um componente intrínseco das atividades científicas”, diz o documento. “Para isso, é preciso oferecer treinamentos de mídia a cientistas, bem como incentivar a criação de agências voltadas para a divulgação da ciência. Da mesma forma, é essencial que projetos de pesquisa prevejam a contratação de profissionais especializados em divulgação científica para relatar de maneira eficaz os avanços dos estudos, tornando a ciência mais acessível e compreensível para o público em geral.”

O chamado não se aplica apenas a pesquisadores e pesquisadoras individualmente, mas também às instituições em que trabalham — sejam elas públicas ou privadas. “O fortalecimento da comunicação pública das instituições de ensino superior (IES) e instituições de pesquisa é um elemento vital para a proteção da democracia e o fomento de informações confiáveis em meio à atual crise de confiança na autoridade e nas instituições científicas”, diz a publicação. “Em um cenário onde as narrativas contrárias à ciência se tornaram frequentes, as IES seguem fundamentais na defesa da democracia e na promoção de informações confiáveis.”

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