*Texto original no Monitor Mercantil
O título do artigo é uma frase introduzida pela economista Maria Lucia Fattorelli, que coordena a Auditoria Cidadã da Dívida. Chamaria esta frase de “mantra Fattorelli”. Essa heroína, há anos, denuncia que o povo brasileiro tem sido submetido a um inaceitável cenário de escassez, embora a realidade brasileira seja de imensa riqueza e abundância. Segundo ela, este é o Sistema da Dívida, que usa o instrumento de endividamento público como um mecanismo de transferência de recursos públicos para bancos. A virada do jogo implica aprimoramento das políticas para alavancar o nosso desenvolvimento socioeconômico com respeito ao meio ambiente e garantia de vida digna para todas as pessoas. Para virar o jogo, será necessário o envolvimento de muitos setores da sociedade.
Há anos a Auditoria Cidadã da Dívida vem lutando para barrar esse esquema, buscando esclarecer a complexa e camuflada arquitetura financeira que foi criada para esconder o roubo de recursos públicos. Da mesma forma, esse mantra pode ser aplicado em outras dimensões, entre elas, o enfrentamento das mudanças climáticas, como as enchentes no Rio Grande do Sul e a prevenção de outras tragédias.
Essa catástrofe é um sinal importante para fazermos uma reflexão sobre o futuro da humanidade. Recentemente, o teólogo, filósofo e escritor Leonardo Boff publicou um artigo intitulado: “Tempos apocalípticos os nossos?”.
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