Presidentes do Movimento pela Equidade Sustentável em Saúde (SHEM, na sigla em inglês), o médico brasileiro Paulo Buss (Fiocruz) e o médico indiano Afrah Aziz apelam em carta ao primeiro-ministro inglês Boris Johnson, que preside o G7, para que o grupo atue em prol do acesso de países menos desenvolvidos a tudo que puder ajudar no enfrentamento da COVID-19.
Os copresidentes congratularam Johnson por seu foco em criar iniciativas globais em saúde, com a perspectiva de garantir saúde para todos e de proteger a população mundial de outras pandemias.
A carta teve por intuito principal incitar os líderes mundiais membros do G7, grupo dos países mais industrializados do mundo, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, para o apoio a uma proposta o mais ampla possível pela quebra de patentes não só de vacinas, mas também de insumos e medicamentos de eficácia comprovada contra a COVID-19. A ideia é facilitar o acesso a essas ferramentas pelos países menos desenvolvidos.
O documento destaca que é um fato bem estabelecido que a vacinação é a ferramenta mais importante que temos para frear o espalhamento da doença, mas ela só é eficiente se todos estiverem vacinados. Ninguém está seguro até que todos estejam seguros. Não é apenas um mantra, é a verdade. É também a única maneira de retomarmos a economia e darmos energia à economia, que tem que ser sustentável, amigável com o planeta.
A carta foi enviada em nome do Comitê Executivo e das associações-membro do SHEM. Entre estas está a Parceria InterAcademias (IAP, na sigla em inglês), entidade de que a Academia Brasileira de Ciências (ABC) faz parte.
Leia a carta original em inglês.
Sobre o SHEM
O SHEM é uma coalizão de muitas instituições e representantes da sociedade civil global, que reúne mais de 500 entidades e em torno de 20 milhões de cientistas e profissionais de saúde ao redor o mundo.
Tem um compromisso com o direito à saúde para todos. Hoje, tem como missão salvar vidas do flagelo da pandemia.
