Leia matéria do O Globo, de 14/4, sobre a indicação do Acadêmico Eduardo Rios Neto para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE):

BRASÍLIA – O economista Eduardo Rios Neto é o novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ele foi indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O IBGE confirmou a indicação.

Rios Neto atuava como diretor de pesquisas do IBGE. Ele substitui Susana Guerra, que alegou motivos pessoais para deixar o comando do instituto. O  pedido de demissão foi feito um dia depois de o Congresso ter reduzido a verba do Censo a R$ 71 milhões. Um corte de 96% das verbas para a realização do levantamento.

O novo presidente do IBGE tem doutorado em Demografia e é professor titular aposentado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Rios Neto também é membro da Academia Brasileira de Ciências.

Corte de verbas do Censo

A troca no comando do IBGE ocorre em meio a crise envolvendo o Censo. Como não há qualquer garantia de verba para realização da pesquisa, o instituto cancelou a prova para contratar os cerca de 200 mil recenseadores e agentes necessários para visitar os mais de 70 milhões de domicílios brasileiros.

Quando Susana assumiu o IBGE, a verba inicialmente estimada para realização do levantamento era de R$ 3,4 bilhões. Mas Guedes impôs um corte de 30%, levando os valores para R$ 2,3 bilhões. No Orçamento deste ano, o governo estimou R$ 2 bilhões, mas a dotação foi praticamente zerada.

Susana e Rios Neto publicaram artigo no GLOBO defendendo a realização do Censo. “Além de ser um instrumento fundamental para o pacto federativo e a calibragem da democracia representativa, a contagem da população permite a determinação dos públicos-alvo de todas as políticas públicas nos âmbitos federal, estadual e municipal”, escreveram.

O ponto é corroborado por especialistas, que alertam para o risco de um apagão estatístico diante da mais grave crise sanitária mundial do século.

A defasagem do Censo, que já dura onze anos, dizem especialistas, pode minar políticas públicas para os próximos anos.

Leia a matéria na íntegra no O Globo.