Leia artigo escrito em parceria por Francisco Gaetani (professor da Ebape-FGV) e Virgílio Almeida (diretor da ABC), publicado no Jornal Valor Econômico no 25/02. Almeida é professor emérito do Departamento de Ciência da Computação da UFMG, professor associado ao Berkman Klein Center da Universidade de Harvard e diretor da Academia Brasileira de Ciências.

Quatro visões distintas sobre o futuro pós-covid. Todas apontam para uma mesma direção, que é a aceleração da adoção das tecnologias digitais. A Assembleia Geral da ONU realizou uma reunião plenária sobre as prioridades para 2021. O secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, disse que depois da “tragédia e perigo” de 2020, os objetivos do desenvolvimento sustentável são mais importantes do que nunca para colocar o mundo no caminho certo em 2021. Em sua mensagem, Guterres delineou dez prioridades urgentes para o próximo ano. Dentre elas, está a necessidade de se aproveitar as oportunidades das tecnologias digitais e, ao mesmo tempo, proteger contra seus perigos crescentes.

O relatório do World Economic Forum “The Future of Jobs 2020’’ mapeia as oportunidades e as habilidades requeridas para futuro. O objetivo é lançar luz sobre as interrupções relacionadas à pandemia em 2020, contextualizadas dentro de uma história mais longa de ciclos econômicos e as perspectivas esperadas para a adoção de tecnologia, empregos e habilidades nos próximos cinco anos. Traz um dado curioso ao revelar as maiores barreiras para a adoção de novas

A primeira é o déficit de habilidades digitais da força de trabalho. Mas a segunda, a terceira e a quarta dizem respeito às lideranças das organizações – inabilidade de atrair e reter talentos, déficits de capacidades digitais dos dirigentes e baixa capacidade de compreender as oportunidades dadas, respectivamente. Os próprios gestores das empresas e organizações governamentais são eles mesmo uma limitação para a transformação digital. Eles fazem parte do problema, não da solução – que depende deles para ser colocada em prática, não de uma futura geração de dirigentes que levará anos para chegar ao poder.

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Anos de investimentos, consistentes ao longo do tempo, concentrados na formação de profissionais em competências digitais propiciarão um salto na produtividade e competitividade da economia nacional. Serão também capazes de integrar ao mercado de trabalho milhares de jovens adultos que hoje rumam para os descaminhos da exclusão e marginalização. Há uma janela de oportunidade embutida na saída do interregnum causado pela pandemia. Isso não depende de nenhum calendário político, apenas da mobilização de protagonistas estrategicamente posicionados e interessados em somar esforços para transformar o potencial criativo do país em ativos produtores de riquezas e inovações.

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