Leia matéria de Renata Baptista para Tilt/UOL, publicada em  18/2:

A edição de 18/2 da renomada revista científica Nature traz na capa o estudo do professor [membro titular da ABC] Ado Jorio de Vasconcelos, do Departamento de Física da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). O trabalho do brasileiro foi apresentado como uma importante ferramenta para a comunidade científica descobrir potenciais usos do grafeno, um material extremamente leve, resistente e supercondutor que pode nos levar a uma nova era tecnológica.

Há anos os pesquisadores buscam encontrar algo com essas características, que atue em temperatura e pressão ambientes.

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Para se ter uma noção das possibilidades do nanoscópio: um microscópio é capaz de resolver imagens na escala de micrômetro, ou seja, um milhão de vezes menor que o metro. O nanoscópio da UFMG é capaz de resolver imagens na escala de nanômetro, medida um bilhão de vezes inferior ao metro —e isso já levou os brasileiros a enxergarem a estrutura atômica do grafeno.

“O que a publicação da Nature mostra é que, com o uso do nanoscópio, vamos ter diversas informações sobre essa estrutura de duas folhas de grafeno rodadas, que não conseguiríamos obter com nenhum outro equipamento”, explicou a Tilt o pesquisador, que trabalha há cerca de 15 anos em conjunto com o professor Luiz Gustavo Cançado [membro afiliado da ABC 2014-18, signatário do artigo, assim como o membro afiliado (2020-24) Leonardo Cristiano Campos.]

A ideia é comercializar, o quanto antes, os nanoscópios em escala industrial. De acordo com o professor, o primeiro protótipo para uso comercial será entregue em abril deste ano.

“A aplicação pode ser em quase toda indústria: de semicondutores, a cosméticos e química, entre outros. Sem contar que isso é um equipamento científico. Não geramos uma aplicação para agora, detemos uma tecnologia capaz de gerar uma infinidade de novas tecnologias”, afirma.

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