Leia artigo do Acadêmico Virgilio Almeida, professor da Universidade Federal de Minas Gerais e associado ao Berkman Klein Center da Universidade de Harvard, e Francisco Gaetani, professor da Ebape-FGV, publicado no Valor, em 24/11:

A aceleração da transformação digital das empresas e governos pelo mundo afora diminui o espaço de manobra do país para se colocar como uma moderna economia digital, capaz de atrair novos investimentos e ganhar competitividade.

As barreiras que impedem o Brasil de avançar nessa direção são várias, que incluem uma precária infraestrutura digital no governo, um arcabouço regulatório limitado, uma acentuada exclusão de parte significativa da população e, principalmente, uma força de trabalho despreparada para responder aos desafios do mundo digital.

A revolução digital traz embutida uma urgência que insistimos em relevar, como se ignorá-la nos absolvesse das responsabilidades e consequências envolvidas.

Algumas transformações importantes ocorreram nas duas últimas décadas no mercado de trabalho.

A primeira foi o avanço da automação de processos, com a substituição de trabalhos rotineiros por sistemas digitais e robôs.

A segunda foi a inversão da pirâmide do conhecimento no campo da criação, inovação e da instrumentalização, com os pertencentes à geração mais jovem sendo capazes de dominar ferramentas digitais inacessíveis para os mais antigos.

A terceira foi a explosão criativa de jovens empreendedores digitais, capazes de pensar novos negócios, disruptivos e destruidores dos existentes, sem necessariamente terem gasto muito tempo trabalhando em organizações convencionais.

A quarta foi o surgimento de organizações nas quais várias gerações convivem sem nenhum tipo de correspondência com os postos hierárquicos, isto é, sem que necessariamente os mais velhos estejam no topo da pirâmide e os mais jovens na base.

E a quinta foi o aparecimento e crescimento da chamada “gig economy’’, que é um mercado livre de serviços operados por plataformas digitais, que contratam trabalhadores independentes para tarefas de curto prazo. Só no Brasil, milhões de pessoas hoje trabalham para Uber, Rappi, ifood, Loggi, Airbnb e outras plataformas da gigeconomy.

Leia a íntegra da matéria no Valor.